terça-feira, 23 de outubro de 2007

BOBBY - Martin Sheen, Emilio Estevez, Demi Moore, Ashton Kutcher, Helen Hunt, Christian Slater, Anthony Hopkins, Laurence Fishburne, Sharon Stone, Elijah Wood... mas que elenco, hein! Pois é, um grande mérito do filme, e que ajuda também a ser levado por tantas histórias paralelas. Em 4 de junho de 1968, o então senador Bobby Kennedy (irmão do JFK, quele que levou um tiro na cabeça no desfile em carro aberto) se candidata a presidente dos EUA e no meio de toda muvuca no hotel onde ele estava um cara entrou e disparou vários tiros e matou Bobby. Emilio Estevez, o diretor, nos mostra a figura de Bobby como o salvador de todos os problemas que o país enfrentava, a solução de tudo para todos!
Ao meu ver, ele acerta ao mostrar a tragédia do ponto de vista de outros personagens daquela noite, o cozinheiro, o porteiro do hotel, a arrumadeira, a cabeleleira e etc. É o grande mérito do filme, e o que lhe ajuda no tom realista. Nós, como não conhecemos a história dos personagens americanos a fundo, ficamos com a impessão que o tal Bobby era um santo na Terra e isso incomoda um pouco, mas não compromete o filme.
e tivéssemos o cinema desenvolvido aqui como lá, poderíamos fazer um filme assim sobre Getúlio, Tancredo, Ulysses Guimarães e sei lá mais quem...
ZODÍACO - Foi uma tentativa de David Fincher de trazer pra gente um pouco do suspense que San Francisco viveu na década de 70 com este assassino serial, e altamente cerebral. Até hoje "não se sabe" quem foi o tal assassino, e este desfecho já conhecido estraga um pouco o mote do filme, que é a caça ao assassino por Jake "Brokeback Mountain" Gyllenhaal, Mark Ruffalo e Robert "Chales Chaplin" Dowley Jr. Este último, aliás ganha a tela quando aparece, é de uma precisão e tem um lado cômico muito forte. Ao saber como a história acaba, como disse, perde-se muito e também a lonnnngggaaaaaaaaaa duração (2h30) não ajudam... o filme passa então a ser enfadonho e cansativo.
TROPA DE ELITE - Este aqui vai ser difícil... tanta confusão tem se causado ao redor deste filme...e eu, particularmente, me envolvi em várias. Porque não encontrei 1 pessoa se quer, que concordasse comigo e a minha opinião sobre Tropa de Elite. Enfim, concordando ou não, é a minha opinião. vamos lá...
Saí do cinema (sim.., não vi o piratão) muito decepcionado com o que vi. Não pela violência, pelas cenas chocantes ou pela corrupção, mas simplesmente porque esperava muito mais. Para mim, ele ficou totalmente sob a sombra de Cidade de Deus e as inovações que este trouxe. Não consigo pensar um, sem lembrar do outro. E não vejo nada de bom nisso! Em alguns momentos, inclusive, o filme chega a constranger. A atuação daquele André Ramiro (Mathias) é vergonhosa... o cara tem o peito de dizer que foi o melhor colocado na sala de interpretação quando fazia testes pro filme.. imagine o pior aluno, então... O Baiano, suposto bandidão do morro, é fichinha (e bota fichinha nisso) ao lado do Zé Pequeno... Sem falar que ainda vejo um como visão contrária do outro, enquanto Cidade de Deus é o morro dos bandidos e a polícia subindo pra "acabar" com tudo, em Tropa de Elite é a polícia que invade o morro dos bandidões, simplesmente a visão invertida. É a minha opinião, ok?!
Mas o filme tem méritos.... Wagner Moura... que puta ator! Pra ele, bato palma de pé! Senão fosse seu trabalho, ficaria mais decepcionado com o filme ainda. Aliás o filme em si não é ruim, é bom, mas os fatores acima sobrepujaram qualquer manifestação diferente.
Sempre classifico filme para assistir e filmes para não assistir, e como não gostei deste deveria classificá-lo como não assistir, mas só de ter levantado MUITAS discussões e de ter dado vários tapas na cara de MUITA gente ele merece ser visto e revisto, sem duvida!
Mas...
HANNIBAL, A ORIGEM DO MAL - Pois bem, o primeiro é realmente demais O Silêncio dos Inocentes, depois veio Hannibal e Dragão Vermelho, que até são bons filmes, mas nada que ficou arquivado na minha cabeça por mais do que poucas horas. E agora este Hannibal, que conta a origem do personagem título, o porquê dele ser carnívoro e tal. As atuações são até que boas e convincentes, os desconhecidos dão conta do recado. O ator que faz o personagem-título, Gaspard Ulliel, é realmente muito bom. Ele chegou a desbancar Macauly Caukin e Hayden Christensen (o novo Darth Vader) pelo papel. Mas o filme em si, não cativa. Falta alguma coisa. A sensação é que falta alguma coisa... alguma coisa que Hannibal Lecter, definitivamente, merecia... alguma coisa, melhor.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

À PROVA DE MORTE - Este filme nem saiu ainda no Brasil, mas não podia deixar de assistir, mesmo sendo o pirata, a mais nova obra do meu diretor preferido. Sempre motivado a fazer peças cheio de referências e homenagens, aqui Tarantino até passa dos limites, nunca ele havia feito tanto isso em qualquer outra etapa da carreira, usando inclusive a si próprio nestas referências.
Death Proof é feito por diversão e para diversão. Tanto dele como nossa. Nota-se desde o começo. Ele conta aqui a história de um assassino que usa sua máquina como arma para perseguir garotas "indefesas", o que se vê é um festival de perseguições em Dodges envenenados, estradas abandonadas, diálogos únicos (mas não os seus melhores) e elementos cult, MUITOS elementos cult.
Tem Kurt Russell, uma das coisas mais trashs que o cinema da década de 80 produziu. Além de uma série de novatos e novatas, que tiraram a sorte grande. Muitos dizem, inclusive eu, que este não é o melhor do Tarantino, mas quem disse que precisa ser o melhor para divertir!?
A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA - 0 3º filme que Johnny Depp e Tim Burton fazem juntos, depois viriam ainda mais 2. Em 1999, o diretor resolve contar uma famosa lenda americana sobre um cavaleiro sem cabeça que corte cabeças atrás dos seus assassinos. E o faz com um estilo que só ele poderia ter dado.
Sempre ví o cinema de Tim muito detalhista e meticuloso, uma qualidade muitas vezes difíceis de encontrar. A reconstrução de uma vila de época, suja, abandonada, escura e tomada sempre por neblina é fantástica! A fotografia é muito rica! e o Cavaleiro-título é um show a parte. Foram 3 indicações ao Oscar e uma estatueta, direção de arte.
Mas não poderia passar pelo filme sem falar de Johnny Depp. É impressionante como ele leva os filmes com tanta qualidade, como é bom ator. Já salvou alguns longas (Era Uma Vez no México), roubou total atenção em outros (Piratas do Caribe) e neste aqui ele consegue isso e mais um pouco... e olha que não está em seu melhor... a parceria Burton-Depp tem que render mais filmes. Um nasceu para dirigir filmes com o outro, que nasceu para atuar nos filmes do primeiro... é química pura!
OS SIMPSONS - Não sei não... acho que o Homer até que não é tão burro assim.. logo de cara ele solta esta bomba: "porque estou pagando para assistir uma coisa que eu tenho de graça toida semana em casa?!"... pois é bem isso que fica na cabeça a cada momento deste filme.. acho que até alugar já seria gastar uma grana alta...
Não que o filme seja ruim, não é isso... mas convenhamos, um longa-metragem tira todo o encanto do que estamos acostumados a ver em casa. E não é perseguição com os Simpsons, acho que o mesmo aconteceria com uma versão pras telonas do Chaves ou Pica-Pau ou Seinfield.. sei lá, grande parte da graça é justamente saber que não duram mais do que 8, 16 ou 28 minutos... jogá-los para 1 hora e 40 é outra história...
o longa tem os seus momentos, mas acredite, qualquer episódio da série é bem mais divertido... Menos é mais!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

MOULIN ROUGE - um grande amigo meu, aliás ele vai ficar feliz quando ler isto, diz que em cinema releitura é tudo! e ele até tem razão, e talvez seja de releitura que eu preciso com relação a este filme aqui... Tenho muitos problemas com relação a musicais, que geralmente me irritam, a história pára pros caras começarem a cantar... no começo é divertido, depois fica legal, acaba ficando chato e no final insuportável! o mérito aqui é usar músicas conhecidas do grande público para contar uma história de amor entre dois personagens, que não deveria acontecer, e uma iminente tragédia, que está para acontecer...
O ponto positivo talvez seja a beleza da fotografia que montada sobre um cenário e figurino de uma cor exuberante deixam o clima ameno e propício para diversão... nem Ewan McGregor salvou aqui...
ADRENALINA - você gosta do Kubrick? Woody Allen? Al Pacino? Robert De Niro? enfim dos gênios? ótimo... são realmente figuras essencias... mas e dos toscos? de quem você gosta? Charles Bronson? Van Damme? Chuck Norris? .... pois é eu gosto do Jason Statham... aquele careca do Snatch, do Carga Explosiva e tal... não há explicação gosto dos filmes dele... Adrenalina é porradão do começo ao fim, altíssima velocidade, tiros, pancadaria e uma edição muito bacana... uma das melhores que vi ultimamente.
O cara acorda, tem um DVD ao seu lado e ele descobre que foi injetado por uma substância que o vai matar se ele não manter alta a adrenalina do corpo.. por isso ele precisa bater, correr, dirigir rápido, atropelar, transar, dar tiro... não é demais?! No final a trama chega a um ponto em que fica perto de estragar toda a experiência da 1 hora e meia anterior, mas graças ao Deus dos filmes podres e trashs, isso não aconteceu e o filme acabou do melhor jeito possível... este vou ter que comprar... meu Deus!
CALMA! não vou jogar fora meus Woddy Allens, Tarantinos, Lynchs, Kubricks e tudo mais....
MOTOQUEIRO FANTASMA - Pois é... o que dizer? Nicolas Cage sempre foi fã das HQs e por isso encarnou o personagem. para salvar o pai do câncer Nic vende a alma pro diabo e vira o personagem-título que caça almas pro demônio. Mas... enfim você vai ter que assistir...
Sabe que é até legal... mas fica aquele gosto estranho, sabe?! você chega na pizzaria e, pra mudar um pouco, você pede Margherita com Catupiry... mas acaba ficando aquele pensamento "se eu tivesse pedido mussarela não teria me arrependido"... entende?
A escolha dos caras aqui poderia ser por um filme dark, demoníaco até, na linha de Batman Begins, mas optaram pelo cinemão-pipoca para vender... e aí falharam... feio... aliás tão feio quanto o penteado do Cage... meu Deus...
PODEROSO CHEFÃO III - Em 1990, Coppola resolveu finalizar a saga da família Corleone. Johnny (Pacino) tenta limpar op nome da família e encaminhar seu casal de filhos por caminhos limpos de ganhar a vida. Mas eis que um primo distante, Andy Garcia, aparece e ameaça botar tudo a perder. Garcia, por sinal, é perfeito para papel de mafioso.. até hoje ele usa nos filmes as mesmas roupas, o mesmo cabelo, o mesmo falar, o mesmo andar, o mesmo tudo! ele nasceu pra isso!
Justamente a grande virtude dos primeros filmes, as interpretações, parecem trair a obra, mas na figura de uma (péssima) atriz, que não conduziu como deveria seu personagem. Ele não tinha a força que pedia. foi justamente Sofia Coppola, filha do diretor... que anos mais tarde decidiu abandonar a carreira de atriz e resolveu sentar na cadeira da direção... sábia garota!
Mas isso não pode impedí-lo (la) de assistir este filme... é preciso concluir a saga e a cena da escadaria, na saída da ópera com Pacino, Sofia e Diane Keaton é fantástica... viva Pacino!!
PODEROSO CHEFÃO II - Falei em perfeição no tópico anterior, pois bem esta é a definição deste aqui e por acrescer um nome que "faz" literalmente o filme, Al Pacino. Aqui o filme só não é inteiro dele, porque Robert De Niro, como o jovem Vito Corleone, também está igualmente fantástico! Nesta segunda parte, Johnny (Pacino) se casa e arruma outros problemas para a família que começa a sofrer com más influências e perseguições por outras famílias, já que agora o Vito Corleone não está mais no comando. É interessante como o trabalho de Pacino fica tão evidente, principalmente nas cenas em que ele se exauta, quando deicxa claro que não é preciso grityar para ter respeito, ou para mostrar quem manda... isso é difícil e ele tira de letra, aula de interpretação... que beleza, que beleza de filme!!
PODEROSO CHEFÃO - Demorei muito pra ver.. muito mesmo. É impressionante como existem filmes que estão muito, mas muito, muito a frente de tantos outros e sob tantos aspectos. Um show de iterpretações, de direção, de iluminação (aliás concebida exclusivamente para este filme, antes não existia a iluminação de cima para baixo, o que dá aquele ar sóbrio e frio), e de tudo mais. e Marlon Brando rouba a cena, apesar do elenco estelar que conta ainda com Diane Keaton, Talia Shire (a eterna esposa do Rocky), Al Pacino, James Caan e muitos outros...
A história conta as desventuras de uma grande família envolvida em negócios "sujos" e que se mantém graças ao patriarca, um homem sensível, de bom coração porém impiedoso quando necessário. não há palavras... só não é perfeito, porque esta definição cabe ao segundo da trilogia.
FOME ANIMAL - É muito trash! demais! um filme de 1992, neo-zelandês, do Peter Jackson, que conta a história de um animal selvagem que é trazido pro zoológico, morde pessoas e espalha um vírus que os transforma em zumbis. muito engraçado! e é tão bom, justamente por não se levar a sério, o viés aqui não é o terror e sim o humor, principalmente o escatológico. O banho de sangue em algumas partes pode incomodar, mas faz parte da dança. e não há como dançar com esta música! Cenas impagáveis, diálogos engraçados... e muito mais. PS: a cena do jantar com os 4 zumbis é demais! imperdível para escracho total de todos! estava a venda por menos de 10 conto em banca de jornal... compre!!
A CASA DOS 1000 CORPOS - Este é o 1º longa-metragem de Rob Zombie e há que ser respéitado. tanto o filme como Rob. A história se passa na década de 70, onde alguns jovens visitam uma loja de bizarrices de circo afastada da cidade e se envolvem com o dono desta e por consequência com outros personagens igualmente "estranhos". Vale a pena assistir para acompanhar o crescimento de um cineasta com amor por um tipo de cinema banalizado atualmente, o de terror.
O seu segundo longa, que já falei muito aqui no blog Rejeitados pelo Diabo, trata mais profundamente 3 personagens que aqui neste filme ficam superficiais devido ao número alto de personagens. Um erro, que complica um pouco o andamento do filme. Este primeiro é bom, mas o segundo é que o clássico de Rob!