É o que acontece com Benjamim, o personagem de Hoffman, que vive sob a saia da mãe e o chapéu do pai, estudando e trabalhando onde quer que elkes diziam para estudar ou trabalhar. Isso formou um rapaz sem opinião, inseguro, incerto de tudo e muito dependente.
Então, ele se encanta (ou é encantado) pelo charme da vizinha quarentona e em outro momento pela beleza da filha desta e a trama segue. Os sentimentos mudam e isso transparece na própria trilha sonora composta por Simon and Garfunkel.
Anne Bancroft faz a vizinha quarentona. E vou ser sincero, desde o começo do filme pensei que ela fosse a mãe da Angelina Jolie, tamanha a semelhança entre as duas. Não apenas de aparência, mas a voz e o trejeito (charmoso, diga-se) de falar, andar e se postar. Tive que recorrer a internet para confirmar que não tem nada a ver uma com a outra.
A cena inicial do filme é idêntica a inicial do Jackie Brown, do Tarantino. Quando Pam Grier é levada pela esteira na extrema direita do vídeo e os créditos inciais na extrema esquerda. São cenas muito parecidas. Tarantino homenageia Mike Nichols. O diretor Mike Nichols experimenta nos planos de câmera, enquadramentos e etc. E realmente nota-se com clareza, principalmente na cena em que a filha descobre o "caso" entre Benjamim e a mãe. O movimento de câmera e enquadramento são diferentes para cada personagem, mostrando o quão diferente são as relações deles com a situação.
PS: reparem na segunda grande cena do filme, quando Benjamin usa equipamento de mergulho no churrasco de aniversário. Só aquela cena diz tudo sobre o personagem de Hoffman e sua família, sem sequer uma palavra. É Demais!! Belo filme. Não sei se estou emotivo demais ultimamente, mas é difícil conter as lágrimas em alguns momentos.
2 comentários:
na verdade, foi o Tarantino quem chupinhou a sequência inicial, né?
mas, tudo bem...ele pode!
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