segunda-feira, 26 de maio de 2008

O RINGUE – O mudo O Ringue é o 6º longa de Alfred Hitchcock e já exibe a cada quadro de sua exibição o quão genial este cineasta era. Afinal de contas é de contar nos dedos (talvez de uma mão apenas) os cineastas que souberam aproveitar a transição do cinema mudo para o falado com tanta maestria. Aqui, Hitchcock aproveita-se de trucagens "modernas" para o cinema do período para nos contar a história do triângulo amoroso entre um boxeador famoso, sua mulher e um ricaço em ascensão na vida.
Um filme como este levanta uma outra questão importante: o cineasta e o diretor de cinema. Duas figuras muito diferentes. Todo cineasta é diretor de cinema mas poucos diretores são cineastas. Hitchcock era sim, cineasta.
Apesar das limitações do roteiro (por vezes ingênuo), o longa é recheado de momentos inovadores, uma técnica refinada, além do forte tom de suspense, como só o mestre do gênero (alcunha que recebeu muitos anos depois) poderia proporcionar.

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