Segundo longa-metragem de Roman Polanski, Repulsa ao Sexo, de 1965, traz a história de Carol (Catherine Deneuve), uma bela e instrospectiva jovem que não consegue se relacionar com outros homens. Aliás ela nem tenta, tamanha a repulsa que sente por eles.
Ela vive com a irmã em um pequeno apartamento alugado. Sofre com os gemidos noturnos da garota quando dorme com o namorado, e rejeita até mesmo um simples beijo de um jovem pretendente. A situação piora de vez quando sua irmã decide viajar com o namorado. Em casa sozinha, Carol começa a ter alucinações, imaginando as paredes se rachando, mãos surgindo entre as rachaduras para tocá-la, ou ainda um visitante imaginário que chega para estuprá-la.
O filme, todo em PB, caminha lentamente ao passo da protagonista e ganha ritmo na metade final com seus delírios. Mas na minha opinião, fica faltando algo ao filme. O destaque mesmo para a cena das mãos invadindo as paredes. Incrível como a metáfora da proteção dela, dentro de casa, vai ruindo aos poucos com as rachaduras.
Na verdade Polanski não é meu diretor predileto, longe disso. Não conheço todos os filmes dele, mas posso ressaltar que O Bebê de Rosemary e A Dança dos Vampiros também deixam muito a desejar. Agora, Chinatown, A Morte e a Donzela e O Pianista são pontos positivos. A carreira de Polanski é uma montanha russa e Repulsa ao Sexo representa um momento inferior deste percurso.
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