AS PALAVRAS (Or. The Words) - Pra começar diz-se que essa história é levemente baseada em
Ernest Hemingway, famoso escritor norte-americano que "perdeu" páginas e páginas de obras suas durante os anos. Elas, obviamente, nunca chegaram a ser conhecidas. Clique
aqui e confira!
De qualquer forma,
As Palavras é um roteiro intrincado, rocambolesco, mas cheio de erros, ou pelo menos omissões, o que pode até ser pior.
Brian Klugman e
Lee Sternthal escreveram o roteiro de
As Palavras em 1999 e fizeram o então desconhecido
Bradley Cooper (o cara loiro do irritante "
Se Beber Não Case") prometer que interpretaria um dos papéis principais da película. Treze anos depois
Bradley manteve a promessa e atua na obra dirigida pela mesma dupla
Klungman e
Sternthal.
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A obra-prima original...
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... o sortudo que a encontrou e a publicou... |
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... e o cara que escreveu essa história toda. |
São três histórias, uma "dentro" da outra. Um escritor viaja pra França nos tempos de guerra e escreve sua única obra prima, baseado em uma tragédia da sua vida pessoal. Mas não a publica e acaba perdendo seu material.
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O jovem escritor e sua amada |
Décadas depois, já velho, o escritor (
Jeremy Irons, excelente) encontra um novo escritor (
Bradley Cooper) que acaba de ganhar notoriedade por ter publicado a história "perdida" pelo personagem de
Irons, quando jovem.
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Dois escritores - o que publicou e levou a fama (esquerda) e o real escritor (direita) |
Toda essa história é contada em um livro publicado pelo personagem de
Dennis Quaid, que a lê em uma daquelas leituras em público, para promover o livro. Parece complicado, mas não é tanto. E explicá-la em palavras não é tão fácil assim. Repetindo - são três escritores, com três histórias, cada uma dentro da outra.
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Jeremy Irons, atuação soberba |
Os problemas aparecem justamente quando a trama começa a ficar interessante. Nada de spoiler por aqui, mas eu diria que as motivações de alguns personagens em alguns momentos, principalmente na relação entre
Bradley Cooper e sua esposa
Zoe Saldana, são muito fracos e escancaram os furos no roteiro.
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O escritor carregando uma valise com um conteúdo que vai mudar a sua vida |
A história de
Dennis Quaid também sofre na montanha-russa do roteiro, principalmente quando surge uma fã, que a princípio promete chacoalhar a trama. No final isso se comprova e acaba fechando o elo da corrente.
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A fã que surge ao final para escancarar o maior plot de toda a trama |
Mas assim como qualquer corrente, apesar de fechar um ciclo, é frouxa. No roteiro isso representa erros que, sim, comprometem toda a obra. Não entenda mal, é um bom filme, mas os furos... ah os furos.
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