O filme foi gravado com o mesmo elenco, um pouquinho a cada ano, com início em maio de 2002 e término em agosto de 2013. A ideia é mostrar a evolução do menino Mason, vivido por
Ellar Coltrane, até se tornar um adolescente e depois um quase adulto.
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A evolução na tela |
Seus pais são separados e interpretados por
Ethan Hawke e
Patricia Arquette. Ele, se aventurando, sem emprego fixo, ostentando um carro potente e ela fazendo o papel de mãe e pai, educando os filhos, segurando a barra de criar Mason e Samantha, sua irmã, interpretada por
Lorelei Linklater, a filha do diretor.
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Filha e mãe em cena |
Técnicamente o filme é perfeito, o roteiro nos leva pelas desventuras de Mason com seus melhores amigos da escola, do colégio e das casas onde mora - sua mãe se vê obrigada a mudar de residência e seus filhos de escola por conta de desencontros da vida, entre eles seus namorados, geralmente errantes, bêbados e violentos. Nos finais de semana que passam com o pai, os filhos geralmente viajam, acampam, se divertem no boliche.
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Pai tenta puxar papo com o filho, calado |
Da escola pro colégio, do colégio para a entrada na faculdade, amores intensos que somem do nada, amizades duradouras de poucos meses, até a fase pré adulta onde tudo muda e outra vida começa.
Boyhood acaba do mesmo jeito que começa, com Mason olhando o céu, imaginando como será o depois.
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A cena final, o início de uma nova fase |
Linklater se preocupou em fazer um filme fincado na realidade com poucos ou nenhum ponto de virada no roteiro, não há uma doença na família, ou morte, ou namoro ou amizade intensa que mude algum planejamento, nada. O filme começa e termina como uma linha única, reta e sem mudanças de direção, como uma viagem por uma estrada lisa, sem fim e sem carros ao redor. Parece como a vida da maioria de cada um de nós e por isso por vezes é tedioso e para cinema não funciona muito.
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