A história começa na Alemanha no final da década de vinte com uma plateia impressionada com o show do ilusionista Stanley (
Firth). Ao final do show ele recebe no camarim um amigo de longa data, também ilusionista, que faz um convite. Quer que ele conheça uma jovem moça que diz ser uma médium com fortes poderes psíquicos. Stanley, com a certeza de que desmascará uma charlatã, aceita o convite na hora e juntos seguem para a França.
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Stanley tem certeza de que encontrará uma charlatã |
Eles chegam a um casarão de propriedade de uma senhora rica que perdeu o marido recentemente. Lá, a jovem Sophie (
Stone) realiza sessões de contato com o espírito do marido, conversa com ele e a senhora rica fica cada vez mais encantada. E é justamente esse encantamento geral que deixa Stanley convicto de que Sophie não passa de uma farsa.
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A jovem Sophie ao lado da mãe |
Os dois se aproximam. Stanley quer a todo custo desmascarar Sophie, mas a princípio nada consegue. Apena passa a se encantar profundamente com o charme da moça. Ela revela detalhes íntimos da vida dele, da sua noiva, da sua família e da sua tia Wanessa. Seria ela uma médium de verdade? Tanta proximidade gera um sentimento em Sophie, mas Stanley - irredutível e pomposo como só ele - nega que sinta algo por ela. Esta comédia de
Woody Allen não poderia ser um autêntico
Woody Allen se não contasse com uma virada no roteiro... mas só assistindo pra ver.
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A conexão com o mundo dos mortos, o desconfiado Stanley no fundo |
Colin Firth mostra que tem tino pra comédia, dosa muito bem a irredutível segurança do seu personagem, com uma dose leve de insegurança em momentos críticos. Tudo é demonstrado por detalhes como o olhar que se abala ou o penteado que desmancha. Ótimo no papel, forçando um sotaque inglês (muito além do seu já natural), que agrega muito ao personagem, caindo como uma luva.
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A aproximação |
Emma Stone é um talento. Jovem e versátil, ela parece se encaixar muito bem em qualquer tipo de personagem - do drama à comédia. E mesmo tendo trinta anos a menos do que
Firth e cinquenta a menos do que
Woody ela não faz feio não. É engraçada, leve e tem tudo para se tornar uma nova musa para
Allen.
Magia ao Luar é um filme divertido e charmoso, talvez um pouco abaixo do que
Woody costuma entregar, mas ainda assim é um
Woody. E isso, convenhamos, conta e muito.
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