domingo, 29 de junho de 2008
A direção é de Robert Zemeckis, que utilizou a mesma técnica em O Expresso Polar, que consiste em grudar aquelas pintinhas nos atores para captar seus movimentos e o computador faz o resto... A história aqui é a seguinte... um herói medieval, que tenta salvar uma vila de uma mal terrível, nada muito diferente do que há tempos se faz... a grande vilã da história é "interpretada" por uma completamente nua Angelina Jolie. Ela, inclusive disse numa entrevista ter ficado surpresa em ter apenas dublado sua personagem e de repente se ver nua na telona... se o corpo da mocinha é realmente tudo aquilo, cabe apenas à ela e ao Sr. Pitt responder...
As semelhanças do filme com 300 são grandes, apesar de não utilizar nem mesmo o mesmo formato de cinema (um é animação o outro é totalmente chroma-movie), e garanto que a experiência com atores reais faz daquele filme muito melhor que este Beowulf, mas para aqueles momentos em que não se pretende grande coisa até que vale perder uns minutinhos...
domingo, 1 de junho de 2008
O filme conta a história de 2 músicos de origem pobre do interior de Goiás, que buscam o sucesso à toda custa, "incentivados" por um pai que vê neles uma chance de dar um futuro melhor para toda a família. Quando eles começam a fazer sucesso na região, passam a viajar com um produtor musical e um dos meninos acaba morrendo em um acidente de carro. O outro só volta a pegar o gosto por cantar muitos anos depois, já grande, quando vai pra São Paulo e se junta à um outro itmão, muitos anos mais novo. Aí eles explodem quando lançam a música "É o Amor". E o filme acaba aí! O resto já se sabe...
O grande acerto do diretor Breno Silveira, é justamente concentrar mais da metade da história enquanto eles são pequenos, e se valer das ótimas interpretações de Ângelo Antônio e Dira Paes, como os pais das crianças. E é por esta escolha muito acertada que o filme decola e agrada.
Os cantores, na vida real, aparecem no finalzinho do filme, um pouco antes dos créditos finais, apresentando toda a família e a casa onde viviam em Goiás, além de um trecho de um show, onde a emoção aflora forte. Em determinado momento de uma das músicas, os pais aparecem "de surpresa" por trás deles, que começam a chorar e não conseguem completar a canção. Naquele momento Zezé di Camargo e Luciano voltam a ser Mirosmar e Weston, dois dos muitos filhos do Seu Francisco.
terça-feira, 27 de maio de 2008
A história nos mostra 2 excepcionais patinadores no gelo que devido às acirradas disputas, acabam brigando e banidos da categoria, mas voltam a disputar as olimpíadas do esporte como a 1ª dupla de patinadores do mesmo sexo.
A simpatia dos dois atores é o motor do filme, que assim como um carro à álcool frio demora pra pegar, às vezes dá umas falhinhas, mas acaba funcionando.
Aqui uma empresa vende máscaras para halloween insere chips que no momento do halloween matarão quem as tiver usando e por consequência quem estiver no mesmo recinto (?). Com este pretexto o filme segue e não chega a lugar nenhum, que pena...
O pior é que a musiquinha da empresa fica na cabeça: "Two more days till halloween, halloween, halloween... two more days till halloween... Silver Shamrock..."
A história aqui é de um assassino, Michael Myers, que aproveita-se do feriadão onde todos estão trajados à carater e sai às ruas com sua máscara e sua faca promovendo uma carnificina sem tamanho. E como é de costume nos filmes do estilo, o personagem-assassino nunca... NUNCA morre.
Jamie Lee Curtis é a atriz principal e ganhou o papel por acaso, já que é filha de Janet Leigh, conhecida por gritar na cena do chuveiro em Psicose, de Hitchcock. Este é o 4º longa metragem de John Carpenter, que alémde roteirista também assina a marcante trilha sonora do personagem, que cria o clima perfeito para o banho de sangue que se assiste.
Rob Zombie refilmou a história em 2008.
Esta biografia bem pouco usual de um artista nada usual como Bob Dylan se adequa à esta categoria, mas eu fico no time dos que não gostou muito. O cantor/compositor é interpretado por 6 atores/atrizes exibindo (sem analisar) cada faceta dele. Os melhores Dylan foram Christian Bale (que fez o lado religioso do cantor quando ele passa a cantar folk gospel), Heath Ledger (a parte da carreira onde ele sofre assédio de papparazi, tem casos extra conjugais, separa-se da mulher) e Cate Blanchett (o ícone da música, o envolvimento com as drogas, a amizade com os Beatles).
No começo falei sobre os filmes que inauguram uma era. Não sei se é o caso aqui, mas este Não Estou Lá, dirigido com boa mão por Todd Haynes, vale a pena ser assistido só por tentar ser diferente de tudo o que já foi feito em termos, no caso, de cinebiografia. Não curti muito, mas este seu mérito é preciso ser reconhecido.
Duna é a versão de David Lynch para uma futurística aventura espacial que conta a história de 4 planetas envolvidos em uma trama que mistura a família do bem, o imperador maldoso e um líquido vital para todos, só encontrado no planeta Duna, que é resguardado por criaturas de areia (assustadoras minhocas gigantes).
O protagonista vivido por Kyle Maclachlan (que também é protagonista de Veludo Azul, outro filme de Lynch), segue a linha de um Luke, mas com sérias restrições orçamentárias. Isso somado à bizarrice natural de David Lynch e um mixto de tecnologia futurista e retrô dos anos 80 (estilo Tron) entregam uma obra de caráter duvidoso, mas que criou uma legião de fãs. Experiência indigesta.
Quem não freqüenta grandes empresas ou não trabalha nas grandes metrópoles, acredita que as situações criadas pelo roteiro possam ser exageradas, mas o mais assustador é que não são.
Destaque para as reviravoltas de um roteiro muito bem escrito e amarrado, filmado em apenas 2 ambientes, de forma a segurar a atenção de quem assiste até o desfecho final.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
domingo, 18 de maio de 2008
Ricaço volta à mansão do pai em cidade distante e ao ser “almadiçoado” por ciganos (entre eles o fantástico Bela Lugosi, que recriou tantas criaturas no cinema) se transforma no tal lobisomem nas noites de lua cheia e ataca as pessoas que passam pelo pântano sozinhas. É importante reviver estas obras e notar o principal medo das pessoas, o que elas temiam, e como este trabalho com o medo no cinema foi sendo aprimorado. Primeiro, o medo era do desconhecido que remetia diretamente das histórias dos antepassados (monstros, ETs), depois passou a se travar batalhas com o comum, o ordinário (como os comunistas, serial killers) e por fim a batalha que se enfrenta agora são as internas do próprio homem. O medo ficou mais próximo do real e menos fantástico. Essa discussão vai longe...
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Aqui, 7 passageiros em uma nave espacial enfrentam a incômoda, digamos assim, situação de se encontrarem aprisionados naquele ambiente com um ser extraterrestre que nada sabem a respeito. Os passageiros vão morrendo um a um e o bichão sempre na espreita, aguardando o próximo ataque. O ambiente úmido e escuro favorece ao tal Alien e a trilha sonora favorece os sustos, sempre certos.
Há 3 sequências, Alien - O Restage, Alien 3 e Alien - A Ressureição. O diretor Ridley Scott, aqui em seu segundo filme, faria poucos anos depois Blade Runner e mais adiante Thelma e Louise e mais recentemente Gladiador e O Gângster.
O personagem Ripley de Weaver no roteiro era um homem, mas foi alterado por Scott que provocava mixar a força da personagem com a beleza e fragilidade de uma mulher. Ian Holm também pode ser visto como o padre ambicioso de O Quinto Elemento.
O filme é antigo, mas não envelheceu.
Aqui, a esposa do imperador vive um relação com um de seus filhos (enteados) e planeja com ele forçar a saída do imperador do trono, ao descobrir que o remédio que o mesmo lhe receita todos os dias está lhe prejudicando o raciocínio, ela está ficando louca.
Um dos principais personagens do filme são os cenários e os figurinos, que começaram a ser bordados cerca de 2 meses antes de rodar o filme, tanta dedicação rendeu uma indicação ao Oscar de melhor figurino.
Apesar disso este filme não segue a excelência dos outros dois supracitados. Nada pela história, assista este pela exuberante beleza.
O filme é agradável e muito divertido, mas não pense em assistir com a família ou coisa assim, os temas não são leves. Confira!
Grande filme, muito bem feito. Ok, tem um CGI dos veados no começo muito mal feito, os bichinho correndo não enganam ninguém, ainda mais hoje em dia com estes games que são mais reais que a realidade (gostaram?).
Fora isso é uma bela obra, com seus silêncios muito bem respeitados e um elenco que eleva o filme à um degrau muito alto. E termina da forma perfeita, para todos os personagens principais... cabe a nós juntar as peças...
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Os atores interpretam tão bem os personagens, que são muito bem escritos também, que parece não haver espaço para falhas. Não há o que não se gostar, ou com o quê não se identificar. O roteiro, não podia ser diferente, levou o Oscar, a venda de telefones de hamburguer, o mesmo da Juno, cresceram quase 200% nos EUA e o filme foi o primeiro da Fox a passar a marca de 100 milhões arrecadados nas bilheterias mundiais (detalhe: o filme custou "só" 7,5 milhões).
Ellen Page pode ser vista também em Meninamá.com, Michael Cera (o pai precoce) é o bobão romântico do trio de Superbad - É Hoje e o pai dela J.K. Simmons, é o diretor do jornal onde trabalha o Homem-Aranha de Tobey Maguire.
É para sair do cinema de bem com a vida, de bem com quem se ama... de bem.
Este é de 1978 e se chama "Les Raisins de la mort" (The Grapes of Death ou As Uvas da Morte) e conta a história de uma cidade no interior da França cujos habitantes se transformam em zumbis com a contaminação do pesticipa utlizado nas plantações. Aí vira um pega pra capar, a bela mocinha fugindo de terríveis zumbis, criando situações agoniantes.
O principal personagem do filme é o cenário: um vilarejo escondido no meio das montanhas que passa o tempo todo sob forte névoa, combinada a uma trilha aterrorizante. É o principal trunfo da obra, dá vontade de ver os outros de Rollin.
segunda-feira, 31 de março de 2008
Os fãs mais radicais dizem que Cronenberg traiu-se a se "vender" ao cinemão americano ao abandonar o seu estilo tão presente em filmes como Scanners - Sua Mente Pode Destruir, Gêmeos - Mórbida Semelhança, A Mosca, eXistenZ (o meu predileto), entre outros e se entregar a roteirinhos de começo, meio e fim com pé e cabeça. Mas não concordo com eles não. Na minha opinião são todos ótimos filmes de um cineasta que amadureceu.
Este filme trata da máfia russa e como ela usa sua influência para conseguir o que quer e do crescimento de um dos seus integrantes. O filme é bem mais que isso, mas um Cronenberg merece ser assistido e não contado.
Através de uma câmera de mão (muito diferente de A Bruxa de Blair) um cidadão registra a destruição de Nova York. Só pela metade do filme se descobre o que está acontecendo, o que está aniquilando a população e a cidade o que estupidamente o ridículo título nacional entrega de bandeja (monstro). putz... Não há explicação de motivos, de onde veio e o que procura, a coisa simplesmente acontece. E a gente acompanha a tudo, de camarote.
O filme termina da forma como começa um mil ciclos + color bars e um texto que indica propriedade do governo dos EUA e bla-blá-blá e de repente a gente é jogado no meio do conteúdo do filme, cheio de peças, e aos poucos a gente forma o quebra-cabeça. Isto é obra de Matt Reeves, com produção de J.J. Abrams que está por trás também de Lost.
- No fim do trailer há uma transmissão de rádio com informações sobre o filme (PORQUE SAÍ ANTES DO FINAL DOS CRÉDITOS?!?!?!). Uma das mais famosas cenas do filme (a decaptação da Estátua da Liberdade) foi inspirada no pôster do filme A Fuga de Nova York, de 1981. Cloverfield é o nome da rua onde fica a produtora do longa. E os atores assinaram a participação no filme sem ler antes o roteiro, ou seja, foi surpresa total (até certo ponto, né?!)
É uma experiência intensa e até certo ponto perturbadora, quem não foi aos cinemas perdeu muito, mas em casa de repente o clima poderá ser recompensador. Assista já!
*** Mas no IMDB uma das notícias relacionadas ao filme diz o seguinte: Untitled J.J. Abrams Cloverfield Sequel, ou seja sequência de Cloverfield para 2009! aiaiai...
Na verdade a trama do filme pouco importa, alguns bandidos liderados por De Niro tentam se dar bem em uma cidade dominada pelos policiais de Pacino... é isso. O roteiro é fraco, a história é boba e o elenco muito mal aproveitado. É um filme antigo (1995) e mesmo assim não recomendo relembrar, você vai se decepcionar.
sábado, 15 de março de 2008
http://www.youtube.com/watch?v=BcNLEwf2pOw
domingo, 2 de março de 2008
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Gosto quando uma animação trata de temas/assuntos ou possui personagens completamente fictíceis (Monstros S.A., Carros, Robôs), agora quando tenta se retratar o mundo como é (A Casa-Monstro, Ratatouille, A Família do Futuro) perde-se a razão de ser da própria animação, do próprio desenho. Como algo para diversão quanto mais distante da realidade melhor!! Pena...
domingo, 24 de fevereiro de 2008
É a 8ª (!) adaptação da história do Sweeney Todd para o cinema. Não tem como não se animar com um filme de Tim Burton e Johnny Depp (o 6º da parceria - os outros foram Edward Mãos-de-Tesoura, Ed Wood, A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, A Fantástica Fábrica de Chocolate e A Noiva Cadáver). O diretor é sempre cuidadoso, metódico, seus filmes são sempre muito bem feitos, editados e cortados e o ator vive seu personagem, incorpora fielmente e à cada filme parece um novo ator. Os dois têm que estar juntos!
Bem, no filme, que conta ainda com a Helena Bonham Carter (é o 5º trabalho com o diretor - antes fizeram Planeta dos Macacos, Peixe Grande, A Fantástica Fábrica de Chocolate e A Noiva Cadáver), o tal barbeiro volta à Londres vitoriana (suja, dark e pouco convidativa) para se vingar do desaparecimento de sua esposa e filha. Preste atenção ainda, no Sacha Baron Cohen (o eterno Borat) que faz uma participação pequena mas muito marcante.
Gostei muito do filme, mas não é o meu predileto de Burton - eu ainda gosto mais de Peixe Grande e Planeta dos Macacos.
PS: logo no começo do filme um dos personagens diz a Depp "Voltando à Londres?! Você se cansou do longo tempo que passou no mar?!" Captei uma ironia com relação a saga de Piratas do Caribe... será?!
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
A partir de 5 de março São Paulo receberá a mostra "Star Wars Exposição Brasil", que levará à cidade cerca de 200 peças dos filmes da clássica série criada por George Lucas. Entre o material a ser exibido estarão figurinos, robôs, maquetes, storyboards e ainda o caça jedi StarFighter, pilotado por Anakin Skywalkwer, além de outros 3 veículos vistos nos filmes. A exposição é itinerante e pela primeira vez ocorrerá na América Latina, permanecendo no Porão das Artes, no subsolo do prédio da Bienal, até o final de julho. Outros destaques da exposição são a "mesa de armas", que trará uma série de sabres de luz usados nos filmes, e a Escola Jedi, um projeto de teatro em que profissionais interpretarão personagens da série e poderão interagir com o público.
A história (real) conta a ascensão de um natural do Bronx no submundo das drogas ao se tornar o traficante que traz a droga mais pura e barata. Tudo vai bem até que um policial resolve caçá-lo. O clima é angustiante, aquele ar cru dos bons policiais dos anos 70, como Todos os Homens do Presidente e até mesmo, Caminhos Perigosos (um dos primeiros de Scorsese) está de volta, mas sem a cega e caricata violência de Os Infiltrados.
Filmão seco, enxuto e forte. Dois grandes atores que duelam distantes um do outro, e só dividem a tela no final (lembrando um pouco o Fogo Contra Fogo, com Al Pacino e Robert De Niro, só que aqui é muito melhor!).