domingo, 27 de novembro de 2011




A PELE QUE HABITO (or. LA PIEL QUE HABITO) - Logo de cara já admito - tenho um preconceito danado pelos filmes do Almodóvar. E antes que comecem a atirar pedras em mim já digo: não é pela temática das suas obras, nem pela questão homossexual, outra constante. Na verdade é bem mais simpes que isso... eu simplesmente não gosto, acho que tudo o que ele faz tem cara de novelão, não tem cara de cinema para mim. Tenho por ele total respeito, mas não gosto da sua filmografia. Simples assim.
Então, já dá para imaginar com que carga eu fui ao cinema assistir A Pele que Habito. Tentei me desarmar delas, mas claro, falhei. Enfim, na primeira meia-hora de filme curti muito, tinha entrado na história, toda a relação bizarra do "médico louco" do Banderas com a sua Frankenstein. Gosto desse personagem - médicos ricos, loucos, sem escrupulos ou consciência.
Mas depois dessa meia-hora, para ser preciso na hora do cara vestido de tigre, o "Almodóvar real" apareceu e estragou tudo depois que a história do menino sequestrado se confirmou. Aí caiu pro escambo total. Se a história fosse dele, uma maluquice da cabeça dele, ele merecia até certo respeito, aí estão Lynch, Fincher, Anderson e tantos outros, mas depois que descobri que a história é de um livro, o Almodóvar caiu até mais no meu conceito."Para não dizer que não falei de flores" o Banderas está ótimo! A obstinação do seu médico é o que carrega o filme todo, o resto não passa de puro desperdício de película.

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