domingo, 24 de junho de 2012

O DEUS DA CARNIFICINA - Fazia tempo que o Polanksi não fazia algo relevante, na minha opinião. O Escritor Fantasma é chato, O Pianista é muito bom, assim como A Morte e a Donzela, Repulsa ao Sexo, Chinatown... O Bebê de Rosemary eu não gosto. Mas ponho em grande destaque em sua filmografia recente este O Deus da Carnificina.


Em comparação com os demais, é um filme menor e mais simples. Bem mais simples, aliás. O Deus da Carnificina tem apenas um cenário, dividido em três ambientes - um apartamento com cenas na sala, na cozinha e no banheiro.



O ótimo roteiro é do próprio Polanski, em parceria com Yasmina Reza, baseado em uma peça de mesmo nome. Aliás o filme parece uma peça de teatro filmada.



Começa com a imagem, sem diálogo, de dois meninos que se desentendem em um parque. Um deles pega um galho de árvore e bate no rosto do outro. Aí corta para dentro do apartamento com dois casais, os pais dos meninos, discutindo o que fazer agora, já que um dos meninos se feriu seriamente. Tudo começa com aquela politicagem típica de dois casais que pouco se conhecem. Cada um reconhece o erro do próprio filho e tudo vai bem, mas aos poucos as máscaras começam a cair, ao ponto da situação ficar caótica e muito divertida.



Não só o texto é bom, como os atores estão afinados. Jodie Foster e John C. Reilly no papel de pais do menino agredido e Kate Winslet e Cristoph Waltz como pais do agressor. A interação entre eles é ótima, cada um se encaixa muito bem no seu papel.



O filme fica mais rico a cada reviravolta no roteiro, mesmo com a escolha do cenário único. Aliás, é bom que se ressalte, o cenário único não cansa. Parece que tudo flui ainda melhor e dá ainda mais “palco” para que o seu texto e os intérpretes brilhem.

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