domingo, 23 de setembro de 2012


ABRAHAM LINCOLN: CAÇADOR DE VAMPIROS (Or. ABRAHAM LINCOLN: VAMPIRE HUNTER) - Faz tempo que "uma produção de..." ou "dirigido por..." não causa mais efeitos no resultado final de um filme. Serve apenas como chamariz de bilheteria, mas na prática, em alguns casos não resulta em boas obras. Falo de Tim Burton, um cineasta acima da média, mas que passa por maus momentos ou más escolhas.

Na minha opinião, Peixe Grande é o último grande acerto de Burton nas telonas. Tenho ressalvas com A Fantástica Fábrica de Chocolates, A Noiva Cadáver, Sweeney Todd, Alice, Sombras da Noite e outra viagem maluca que ele se enfiou como produtor - Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros.


É um filme, eu diria, em flash-forward, tudo acontece muito rápido! Em ritmo alucinante, mas não de um jeito bom. Tudo acaba se atropelando. Nenhum personagem acaba sendo bem desenvolvido. Os embates com os tais vampiros são muito bons, mas de tão rápidos acabam perdendo valor na trama.


Mas vale ressaltar - quem sai de casa para assistir a um filme com um título como esse já se imagina o que se espera, muita fantasia e nenhuma (ou pouca) relação com a realidade. E é isso o que se vê. O que não é necessariamente uma coisa ruim, é bom que se diga. Nota: A mulher do Abraham Lincoln é interpretada por Mary Elizabeth Winstead, que interpreta Lee em À Prova de Morte, do Tarantino... lembram?



O diretor Timur Bekmambetov sempre foi conhecido por abusar do fantástico em seus filmes, como Guardiões da Noite, O Procurado. Esse talvez seja o maior atrativo (para alguns o único) desse Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros. A história tem início em 1818 com um jovem Lincoln que começa a se deparar com questões referentes ao racismo. Isso o incomoda. Ele se envolve em uma confusão com um capataz, que naquela mesma noite "morde" a mãe de Lincoln, que acorda no dia seguinte possuída. Ele tenta se vingar e dá um tiro no meio da cara do capataz, que não apenas não morre como reage de forma violenta, como se voasse. Trata-se de um vampiro (tchã-nã!!). Ao buscar vingança, tempos depois, Lincoln descobre que não apenas o capataz mas boa parte do sul dos Estados Unidos esta sendo tomado por vampiros, que pretendem tomar todo o país. Treinado por um amigo também vampiro, Lincoln parte atrás da sua vingança com um machado, o que torna a busca mais sanguinária e as lutas mais plástícas. O uso de play-slow é uma constante e um acerto de Bekmambetov.


De um lado ele acerta e de outro, erra. O filme, volto a dizer, se passa muito rápido, com muita informação para pouco tempo, como se ele tivesse sido mutilado pelos produtores e não passando pela aprovação final da direção. Ficou meio estranho. As soluções são muito simples e o filme acaba de forma rasa.
Rende uma boa pipoca, basta desligar o cérebro.

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