HITCHCOCK (2012) - O filme que reacendeu a carreira de
Hitchcock foi
Psicose, de 1960. Naquela época sua carreira estava esfriando, "caminhando para um fim", segundo propôs um repórter em uma pergunta a
Hitchcock, logo no começo do longa. Daí, ele passou a procurar algo novo, algo surpreendente e que o recolocasse como grande (e talvez um dos únicos) grandes mestres do gênero do suspense.
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Filmando um das cenas finais de Psicose |
Segundo longa dirigido por
Sacha Gervasi, o anterior tinha sido o festejado documentário
Anvil - A História de Anvil de 2008 sobre uma banda de punk rock com pouco ou nenhum sucesso comercial,
Hitchcock traz
Anthony Hopkins no papel principal com uma caracterização indicada a Oscar e que nos faz crer que se trata do próprio
Alfred Hitchcock. Mas é verdade também que em uma outra cena a papada e a boca parecem forçadas o que por pouco não faz a caracterização cair no caricato. Mas no todo vai muito bem. Já
Helen Mirren encara Alma, a esposa de
Hitch e grande parceira.
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Mirren vive Alma |
Sacha faz um retrato interessante, um recorte na carreira do cineasta. A trama acompanha o casal no processo de
Psicose desde o início quando ele compra os direitos do livro, escolhe os atores e convive com a imprensa e com os chefes dos estúdios.
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A maquiagem que fez Hopkins se parecer com Hitchcock |
É interessante notar como em todo o filme,
Sacha insere pequenas "dicas" daquele que seria o filme seguinte de
Hitchcock, pássaros passam voando nas sequências do filme a todo o momento. E a cena que encerra o longa deixa essa tal "dica" pra lá e escancara a intenção de
Sacha -
Pássaros é o próximo filme de
Hitchcock, meu filme preferido do diretor.
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Hitchcock (Hopkins) e Janet Leigh (Scarlett Johansson) |
Alfred Hitchcock é atormentado a todo o momento no filme por suas visões de Ed Gein, um fazendeiro culpado pela morte da mãe, cujo corpo ainda mantinha em sua casa deitada na cama, e que gostava de guardar pedaços de corpos humanos como se fossem troféus. Ed Gein foi usado não apenas para criação de Norman Bates, mas também para Leatherface, de
O Massacre da Serra Elétrica e James Gumb de
O Silêncio dos Inocentes.
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Hitchcock e sua clássica silhueta |
Hitchcock é um bom filme, mas na metade cria-se uma barriga por conta de uma história paralela à principal. Todo o trecho que trata de
Psicose, do roteiro à edição final é ótimo, instiga. Mas como disse, uma história paralela faz o foco do filme se desvirtuar um pouco. Afinal meu grande interesse no longa é o cineasta
Hitchcock em ação, escrevendo, dirigindo, editando. A parte da pessoa do
Hitchcock, apesar de necessária à trama, acho que se estendeu um pouco de mais. Mas não compromete o resultado final. Assista sem medo.
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