Soltou. E agora? |
GRAVIDADE (Gravity / 2013) - Claustrofobia, labirintite, tonturas. Durante os poucos mais de 90 minutos de exibição é normal exibir alguns desses sintomas. Ou todos eles. Se quiser evitar, simplesmente ão assista Gravidade nos cinemas. Ainda mais se for aqueles de tela gigante. Mas já aviso - assistir esse filme na TV de casa perde 50% da graça, da diversão ou dos sentimentos pretendidos pelo competente Alfonso Cuarón.
Cuarón dirigindo Bullock e Clooney |
O diretor mexicano, um dos alicerces do cinema latino americano ao lado dos amigos Alejandro González Iñarritú e Guillermo del Toro, já havia entregado o impressionante Filhos da Esperança em 2006 e agora, sete anos depois ele vem com esse Gravidade. O resultado dessa "demora" entre os longas é vista nas telas - um cuidado muito grande na finalização e um apresso aos detalhes, resultando em obras sempre muito bem acabadas.
Bullock no set de Gravidade |
Gravidade é um filme enxuto, conciso e muito eficiente. Mostrou tudo o que precisava, não perdeu tempo com histórias paralelas ou dramas desnecessários. São apenas dois atores em ação, Sandra Bullock e George Clooney, os outros 5, se tanto, aparecem apenas em voz, não os vemos.
Bullock e Clooney no espaço |
Logo de cara estamos flutuando no espaço, do lado de fora da espaçonave americana acompanhando o procedimento de Ryan Stone (Bullock) que tenta concertar algo na nave, ela está em sua primeira missão no espaço. Dando voltas ao redor da nave com seus pequenos motores propulsores vemos Matt Kowalski (Clooney), um experiente astronauta que participa da sua última missão antes da aposentadoria. É óbvio que tem tudo para dar merda. E dá.
"Tem algo vindo lá e não é nada bom..." |
Eles são avisados por Houston (voz de Ed Harris) a voltar imediatamente para o interior da espaçonave porque em sua direção estão vindo destroços de uma espaçonave russa que havia se chocado com um asteroide. Não conseguem entrar a tempo e pela força dos destroços são jogados a deriva no espaço, Kowalski ainda consegue se segurar, mas Stone passa a voar para mais e mais longe da nave perdendo todo e qualquer contato visual com Kowalski.
Destroços atingem a nave |
Depois de angustiantes minutos eles se reencontram, ele a busca com seus motores propulsores e agora sem espaçonave, já que a sua havia sido destruída após os choques com os destroços, eles tentam encontrar outra espaçonave que está por ali, a Estação Internacional ou a Chinesa.
Stone à deriva no espaço |
OS PRÓXIMOS PARÁGRAFOS CONTÉM SPOILERS
Outros destroços estão a caminho e em uma sequência de tirar o fôlego, Stone consegue se segurar em cabos presos à nave e segura Kowalski com o cinto de segurança. Sabendo estar sem saída e para não comprometer a pouca chance de sobrevivência que tem, ele se solta para à morte nos confins do espaço. Stone tem que sobreviver por sua conta agora.
O visual impressiona |
Ele chega à estação chinesa, através de uma das células da sua própria espaçonave e lá perde os sentidos, ao desistir da sua volta à Terra e desligando o oxigênio lá dentro. Kowalski reaparece e entra com ela na célula chinesa, conta uma histórias que a animam e até nos faz imaginar que talvez ele realmente tenha conseguido sobreviver. Ledo engano. Pouco depois ele desparece e ela acorda para a sua existência, religa o oxigênio e decide fazer de tudo para voltar à Terra.
Por conta própria em sua primeira missão fora da Terra |
FIM DOS SPOILERS
Gravidade é um tiro incerto à princípio, mas cheio de acertos por Cuarón. Muito graças às suas escolhas de evitar histórias paralelas, fazer um filme curto e com poucos personagens. Não à toa ganhou o Globo de Ouro de melhor direção e concorre em 10 categorias do Oscar, como Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Atriz, o resto é tudo premiação técnica. E nem poderia ser diferente, Gravidade é um show de técnica e efeitos bem encaixados. Vale cada minuto. Impressionante em cada segundo.
Veja abaixo o trailer de Gravidade.
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