sábado, 8 de fevereiro de 2014

O LOBO DE WALL STREET (2013)

"Money, that´s what I want"

O LOBO DE WALL STREET (The Wolf of Wall Street / 2013) - Alguns diretores merecem o título de cineasta, que ultrapassa o "apenas" dirigir um filme. Um cineasta é muito mais que isso, mais completo, cuida de todo e qualquer detalhe, tudo passa pela suas mãos, como Hitchcock ou Kubrick (exceto em Spartacus) faziam. Scorsese é um desses caras também, mas ultimamente o Sr. Martin vem caindo substancialmente com uma série de escolhas infelizes. Afinal é difícil imaginar um cara que dirigiu Caminhos Perigosos, Taxi Driver, Cabo do Medo, Touro Indomável, Os Bons Companheiros, Cassino, Os Infiltrados e A Invenção de Hugo Cabret (todos ótimos filmes) ter sido o mesmo que dirigiu Vivendo no Limite, Kundun, Gangues de NY, O Aviador (todos péssimos filmes).

Scorsese em ação

O Lobo de Wall Street marca a quinta participação de Leonardo DiCaprio em filme de Scorsese e para mim junta um ótimo diretor que já foi brilhante e hoje faz apenas bons filmes e nada mais, com um ator que nunca foi nem será um gênio da atuação mas também não é de todo ruim. Um ator morno com bons momentos e um diretor com passado irretocável mas com um presente de péssimas escolhas. Esse é o retrato de O Lobo de Wall Street.

O diretor nova iorquino e seu ator-fetiche

A história é baseada no livro de mesmo nome de Jordan Belfort contando a sua vida como corretor da bolsa em Wall Street. Tudo começa com Jordan pobretão mas com um talento incomum para vendas e um ambição maior ainda. Rapidamente ele abre um negócio próprio com alguns amigos, incluindo Donnie (vivido pelo ótimo, cada vez melhor, Jonah Hill), e começa a subir na carreira ganhando cada vez mais dinheiro.

Jonah Hill e Leonardo DiCaprio

A subida de Jordan na vida é muito rápida, em menos de 5 anos ele transforma sua empresa em uma das grandes do ramo da corretagem. A cada conquista na carreira ele e seus amigos "comemoram" com drogas e prostitutas, dentro do próprio escritório. Uma constante. A todo momento. Muito sexo e drogas.

Muita farra em uma vida inconsequente

Tamanha subida só pode resultar numa queda certa. O FBI investiga passa a passo da empresa e prende um a um os caras no final. Não estou aqui estragando nada na história, afinal é mais do que óbvio que essa queda viria a qualquer momento. Aliás o roteiro não poderia ser mais fraco. É muito previsível, por mais que o livro conte a ascensão e queda de Jordan, caberia ao roteiro dar uma bagunçada na história, tornar o filme mais atraente, mas não nada disso foi feito. É uma pena.

No topo do mundo e prestes a cair

Não tem como um filme desse ser ruim, mas também não é bom, no máximo recebe um OK. O destaque não é Scorsese, que se esconde atrás da cadeira de direção e entrega passivelmente um filme ou de DiCaprio que não faz nada que um personagem exagerado peça. O grande destaque vai para Jonah Hill. Vindo da comédia, ele emplacou alguns dramas, se mostrou versátil e em O Lobo de Wall Street tem o seu grande momento. Digno de Oscar? Talvez seja muito para ele, mas que Hill é definitivamente o destaque do filme, talvez o único, isso ele é.

O verdadeiro e o ator
O ator e o verdadeiro


Veja abaixo o trailer de O Lobo de Wall Street.


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