LOUCA OBSESSÃO (Misery / 1990) - Você já leu algum livro do Stephen King? Caso não, leia! O cara escreve bem demais, te prende da primeira à última página. Não é à toa que é um dos, senão o escritor que tem o maior número de obras adaptadas pro cinema, são cerca de 50 histórias que foram para as telonas - entre elas Carrie, O Iluminado, Christine, Conta Comigo, Um Sonho de Liberdade e À Espera de um Milagre. A vigésima adaptação de um Stephen King para o cinema aconteceu em 1990 baseado no livro Misery, que também é o título original do filme, no Brasil o filme recebeu o título de Louca Obsessão.
Vista de cima do cenário principal da trama
Naquele período da vida, Stephen King enfrentava problemas sérios com as drogas e a história do livro Misery retrata esse seu período de forma metafórica. No livro, Paul Sheldon (qualquer semelhança com o próprio Stephen King não é mera coincidência) é um escritor que se refugia na montanha para escrever o próximo livro da uma série de sucesso. Com a obra concluída, Sheldon pega o carro e tenta descer para a cidade, mas uma nevasca forte acaba causando um acidente quase fatal.
No filme, Paul Sheldon é James Caan
Ele é resgatado por Annie Wilkes, uma ex-enfermeira solitária, que se diz a sua fã número 1, sabendo de cor detalhes da série de livros que Sheldon está escrevendo. Annie (que segundo King representa as drogas em sua vida) começa a cuidar de Sheldon, carinhosamente. Com o passar do tempo, ele fica preso na casa e ela possessiva, doentia e violenta. O final é trágico.
A força motriz de Louca Obsessão reside quase toda na interpretação impressionante de Kathy Bates. Muito ajudada pela ótima sacada de Rob Reiner de sempre dar a ela super closes, planos de baixo para cima e uma série de outras artifícios que a fazem passar de uma simples, gorducha e simpática ex-enfermeira a uma maníaca, possessiva com instintos assassinos e sérios distúrbios mentais. Basta contrariá-la.
A princípio amigável...
... mas depois...
A habilidade de Rob Reiner em entregar um filme feito 90% em um mesmo cenário e apenas confiando nos conflitos psicológicos de dois personagens é incrível. Isso, somado a força da interpretação de Kathy Bates (que aliás levou um Oscar e um Globo de Ouro de melhor atriz por esse filme) e, é claro, ao ótimo texto de Stephen King fazem de Louca Obsessão, além de uma ótima metáfora para um período conturbado da sua vida, um thriller obrigatório.
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