Amy como nunca vista antes |
AMY (2015) - Asif Kapadia é um documentarista de mão cheia. Ganhou notoriedade pelo excelente Senna de 2007, relatando a vida pessoal e profissional do campeão. E naquele filme ele já mostrava algumas características que ele levaria pra outros filmes de sucesso - nada de voz guia e pouco ou nenhum uso de imagens dos entrevistados, apenas dos biografados.
Senna, grande filme de Kapadia |
Amy mostra a trajetória da cantora inglesa morta em 2011 aos 27 anos, que revolucionou o pop rock. E para isso faz uso de um extenso material, principalmente em vídeo, de arquivo. Tem muita coisa da Amy antes da fama, rodeada de amigos e familiares, frequentando estúdios e arriscando os primeiros acordes com a voz marcante.
No começo de tudo já se arriscando nos instrumentos |
Em todo momento do documentário nota-se um esforço para tornar o pai da Amy Winehouse o grande vilão da vida dela. Segundo o documentário, a cantora idolatrava o pai mas nunca sofria demais por nunca receber de volta o carinho que tanto queria.
O pai |
O filme deixa isso bem claro quando mostra Amy e o pai na praia. Era para ser um momento de relaxamento e aproximação dos dois, mas ele apareceu com uma equipe de filmagem de algum tablóide britânico para documentar a própria filha. Amy foi pega de surpresa e se decepcionou. Afinal, a viagem era também um refúgio para ela, que naquele ponto da vida enfrentava séria dependência química.
Kapadia com o Oscar de melhor documentário para Amy |
Amy tem bons momentos de ternura, quando vemos por exemplo a reação da cantora ao receber o Grammy, o Oscar da música, por seu álbum mais famoso o Back To Back. Parece uma menina no palco, incrédula do prêmio que acabara de receber. Veja o vídeo abaixo.
A entrega às bebidas e às drogas é mostrada no documentário mais como uma resposta dela à ausência de carinho e paz na vida pessoal. Seja pelo pai que não se mostrou muito presente ou pelo namorado que de certa forma tornou a vida dela um inferno em alguns momentos. São personagens que o documentário de Kapadia não se importa em taxar como vilões de toda a história, principalmente o pai.
A entrega às bebidas e às drogas é mostrada no documentário mais como uma resposta dela à ausência de carinho e paz na vida pessoal. Seja pelo pai que não se mostrou muito presente ou pelo namorado que de certa forma tornou a vida dela um inferno em alguns momentos. São personagens que o documentário de Kapadia não se importa em taxar como vilões de toda a história, principalmente o pai.
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