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Paz e amor (ou quase) |
VÍCIO INERENTE (Inherent Vice / 2014) - Um diretor de primeiro nível. Se não for está perto disso.
Paul Thomas Anderson já foi diversas vezes indicado pros principais prêmios do cinema, embora nunca tenha arrebatado nenhum. Foram 6 indicações aos Oscar por exemplo, 4 delas de roteiro. E nos seus filmes ele sempre consegue contar históricas intrincadas com elencos estrelados e com um resultado sempre muito bom, como em
Boogie Nights,
Magnolia,
Sangue Negro. Embora ele tenha alguns tropeços, como em
O Mestre e este
Vício Inerente.
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Equipe filmando Joaquin Phoenix |
A história, adaptada do livro de mesmo nome, se passa na Los Angeles dos anos 70. Doc (
Joaquin Phoenix) é um detetive particular que recebe a visita de Shasta, ex-namorada que estava sumida há um tempo. Ela pede à ela que ajude a encontrar o paradeiro de um ricaço do ramo imobiliário, Michael Wolfmann, que está envolvido em alguns esquemas obscuros. No dia seguinte ele recebe a visita de um outro cara que pede a busca por um amigo que também está desaparecido e também tem ligações com Michael.
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Shasta, a bela ex-namorada de Doc |
Doc está sempre chapado de todos os tipos de droga que aparecem na frente dele - de maconha à ácido, passando por cocaína e LCD. O visual de
Phoenix, a barba por fazer e o cabelão ajudam na composição do personagem, mas é irritante, sempre com quele "olho de Garfield" e aquela voz molenga.
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Nem Doc sabe em que mundo está |
No oposto disso está o chefe da polícia, Bigfoot (
Josh Brolin). Sujeito quadradão, de voz dura, olhar marcante que nutre particular ódio por Doc e sua forma de trabalhar. Mas como os dois estão teoricamente do mesmo lado da lei, Bigfoot não pode fazer nada com Doc. Só tirá-lo do caminho sempre que possível e usando a força bruta.
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Opostos em tudo |
Os dois - cada um usando as ferramentas que possuem - seguem nas buscas pelos desaparecidos. Doc encontra um deles numa seita estranha de pessoas com roupa branca. Coy (
Owen Wilson) está lá. Nesse meio tempo, Doc leva umas alfinetadas de Penny Kimball (
Reese Whiterspoon, com quem
Phoenix tem uma química toda especial).
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Revivendo os tempos de Johnny e June |
Benicio Del Toro, como advogado de Doc e
Martin Short, como um dentista viciado, fecham as participações especiais em
Vício Inerente. De certa forma, eles ajudam Doc na busca para desvendar não apenas os desaparecimentos daquelas pessoas, mas para descobrir no que elas estão envolvidas - uma busca que começa pequena e termina gigante.
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O advogado de Doc lhe dá conselhos |
Complicado, né?
Vício Inerente é um nome ótimo para um livro aclamado pela crítica. Mas no todo, o filme é fraco. Merece a indicação pro Oscar de roteiro na medida em que a adaptação de uma obra literária como esta - indicada pelos especialistas como das mais complexas do autor - tem lá suas dificuldades. E são grandes.
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Martin Short em curta participação |
Com filme não convence. É chato, arrastado, longo e cheio de personagens chapados o tempo todo. A trama de muitos personagens e situações é confusa e não funciona. Talvez seja um ótimo livro mas no formato de filme não funciona. Uma derrapada de
Paul Thomas Anderson.
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Owen Wilson |
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