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Baixo orçamento |
DEMÊNCIA 13 (Dementia 13 / 1963) - Novato e cheio de ideias na cabeça. Um jovem
Coppola saiu dessa forma da universidade direto pro concorrido mercado de cinema norte americano. O hippie abraçava todo e qualquer projeto que podia, escrevendo roteiros e assumindo a direção também. Foi assim que nasceu
Demência 13, filme de terror de baixíssimo orçamento - como não poderia deixar de ser - filmado em apenas nove dias por um
Francis Coppola (sem o Ford ainda), que assumiu o roteiro e a direção.
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Coppola em começo de carreira |
A família Haloran é rica e amaldiçoada. A mãe viúva está no castelo da família com os 3 filhos de meia idade e duas namoradas. Um dos filhos morre de ataque do coração e a namorada esconde isso da família inventando uma mentira qualquer, para que não perca parte da herança. Em menos de trinta minutos de filme, ela morre assassinada à machadadas por uma figura estranha.
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A morte logo no começo do filme |
O outro irmão assume o papel de pai, é bruto e pouco carinhoso com a namorada que vive para lhe agradar o tempo todo. Estão prestes à se casar. E o último irmão, o mais jovem não tem namorada mas é atormentado por um fantasma do passado - ele viu a irmã jovem morrer afogada no lago da propriedade. A mãe de todos vive em luto pela morte da menina que aconteceu há sete anos.
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Irmãos e a mãe, uma família enlutada |
Outro crime acontece em situações parecidas - machadadas no meio da noite - e os irmãos ficam alertas. A tumba que guardaria o corpo da irmã é violada e dentro dela os objetos mais bizarros possíveis.
Coppola brinca com os brinquedos infantis e os transforma em itens assustadores.
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Brinquedinhos - objetos do terror |
Destaque para o médico da família, interpretado por
Patrick Magee. O nome não é conhecido, mas a cara dele... O velhinho faria uma participação marcante em
Laranja Mecânica como o senhor que tem a casa invadida pela turma de Alex, tem a esposa violentada e acaba numa cadeira de rodas. As expressões faciais dele em
Demência 13 e em
Laranja Mecânica são idênticas.
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O médico da família... Cara conhecida, não? |
A conclusão da história passa pelo óbvio mas o roteiro tem seus momentos marcantes e surpreendentes, principalmente com relação à trilha sonora forte e presente - lembra muito os temas que
Polanski usou em muitos dos seus clássicos como
O Inquilino, por exemplo.
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A investigação |
Demência 13 não tinha esse nome, era apenas
Demência, mas durante as gravações
Coppola descobriu que existia um filme da década de cinquenta com o mesmo nome. Ele decidiu colocar o 13 no título por ser um número maldito, digamos assim. E no final "
Demência 13 soava bem", ele disse certa vez.
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A entrada no túmulo |
Francis Ford Coppola entrou com o pé na porta, sem medo de cara feia dos grandes estúdios. O hippie venceu como roteirista, produtor e diretor - um cineasta completo com um início impressionante.
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