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A verdade custe o que custar |
CONSPIRAÇÃO E PODER (Truth / 2015) - George W. Bush é um presidente que mexeu com os ânimos dos norte americanos quando foi eleito e reeleito. O republicano era considerado incapaz de assumir o cargo por boa parte dos eleitores. Muitos afirmam que o seu QI sempre foi baixo.
Michael Moore por exemplo sempre teve em George W. Bush o seu maior alvo.
Conspiração e Poder segue o mesmo caminho.
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Tapinhas nas costas |
A história real de
Conspiração e Poder se passa em 2003, ano anterior à reeleição de George W. Bush. Mary Mapes (a sempre ótima
Cate Blanchet), vive uma jornalista, produtora e editora do "60 Minutes", o jornalístico de maior credibilidade dos Estados Unidos. E reúne uma equipe para investigar um fato que mudaria a história daquela eleição - George W. Bush, ainda quando servia as Forças Armadas teria sido favorecido ao não se apresentar para o serviço por 1 ano e ainda ter "fugido" do Vietnã, onde deveria servir.
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Mapes e Dan antes de gravar o 60 Minutes |
Assim que Mapes colocou a história no programa especialistas apareceram na TV, internet e radio para dizer que tudo não passa de uma invenção da jornalista. Os documentos que comprovavam a história, segundo eles, eram falsos. Para evitar uma grita maior a CBS, emissora do "60 Minutes", resolveu desmanchar a equipe e evitar que eles continuassem com as investigações. Destaque para
Robert Redford que vive Dan Rather, o apresentador experiente do noticiário e que é como um pai para Mapes. Respeitado e dono de marcas copiadas no telejornalismo norte americano.
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Toda a equipe na sala de edição |
Nesse ponto a história foca no drama de Mapes. A mulher durona desmorona quando a relação que antes era só profissional, passa a ser pessoal a partir do momento que a imprensa em geral passa a investigar tudo na sua vida, até mesmo suas crenças políticas. E chega finalmente ao pai dela, a sua maior ferida. Ele batia nela quando criança pelo simples fato de fazer muitas perguntas. O processo judicial se arrasta, mas não impede que George W. Bush vença a reeleição. Coube a Mapes escrever o livro "Truth and Duty: The Press, The President and the Privilege of Power
" que originou o filme escrito e dirigido por
James Vanderbilt. A sua estreia nas telonas.
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O casal real e o fictício |
Impossível não fazer comparações com
Spotlight, o vencedor de Oscar de melhor filme em 2016. Lá a equipe está mais bem resolvida na história, dá pra acreditar naquela equipe. Aqui, nem tanto. Foca mais no drama de Mapes. Lá a vitória do jornalismo investigativo, aqui a derrota.
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Repercussões negativas |
Um filme sobre o poder do jornalismo investigativo, que não precisa surtir efeito - nesse caso Bush se reelegeu - mas é importante para mostrar que tem muita lama correndo por aí. E que essas histórias precisam chegar às pessoas. Mesmo depois de anos para saber que nem tudo o que é lido, escrito, publicado e mostrado na TV é verdade. Cada história tem muito mais do que apenas dois lados.
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