UMA NOITE ALUCINANTE III (Army of Darkness / 1993) - Desta vez, Sam Raimi abandonou o título que deu origem a toda série. Aqui não tem Evil Dead III (que poderia ser o esperado), no lugar entrou um tal Army of Darkness, o nome do exército que o nosso herói Ash viaja no tempo para enfrentar. No Brasil o filme seguiu a fórmula do anterior e manteve o absurdo título Uma Noite Alucinante III, mesmo que toda a história aqui não se passe em uma noite como foi nos dois filmes anteriores, mas tudo bem, passa como licença poética.
Assim que chega sem a calibre 12 e sem a motosserra, Ash vira preso
Desta vez, seguindo os fatos do final de Evil Dead II, Ash se vê em 1300 e passa a ser visto como um rebelde. A população à beira de um castelo se assusta com o "homem que veio do céu" e o jogo em um calabouço. Lá dentro, como não poderia ser diferente, Ash se vê frente à frente com um monstro todo gosmento. Ao sair empunha a pistola calibre 12 cano duplo e diz que é o homem do futuro e que lá não ficará por muito tempo.
Ash frente os atônitos "espectadores"
Na sequência do farol começa o momento mais nonsense do filme. Ash, enlouquecido como acontecera também nos filmes anteriores, passa a ser perturbado por mini-Ashes numa tentativa de Raimi de repetir um pouco da "laughing scene" do filme anterior, quanto todos os objetos de cena começam a gargalhar da cara dele.
Os chatos mini-Ashes
Todos esses mini-Ashes se "juntam" e formam outro Ash de igual tamanho e começa a outra parte do duelo entre os dois Ashes, o do bem e o do mal. Rolam uma ribanceira. Ao final dela se chocam num tronco de árvore e ambos se fundem em um só corpo. Aí começa uma batalha de duas partes da mesma pessoa dentro do mesmo corpo. Bizarro.
Não é difícil imaginar qual dos dois é o Ash falso aí, não é mesmo?
Quando se "cura", Ash chega ao alto do monte onde encontra três livros "Book of the Dead", que possuem as palavras que lidas corretamente o levarão de volta ao futuro. As tais palavras são "Klaatu, Barada, Nikto" (frase clássica do não menos clássico O Dia em que a Terra Parou, de 1951). Mas ele se esquece das palavras corretas - em uma cena hilária - e ao invés de voltar para o futuro ele acaba trazendo de volta a vida um exército de esqueletos.
Exército inimigo em marcha
Como que para limpar a sujeira que acabara de criar, Ash lidera um exército humano na guerra contra as caveiras, passa a ensiná-los e liderá-los. As batalhas são mal coreografadas, quem compensa é Ash, com suas caras e bocas.
Ash tem problemas com o inimigo
Ao final, os humanos vencem, Ash volta ao futuro e se vê novamente como atendente de supermercado. Mas não está de todo livre dos demônios que cercam sua vida. Ainda tem que enfrentar outro monstrengo na sequência final do filme. Encaixa a Calibre 12 no coldre nas costas e se torna em herói instantâneo.
Matando o último demônio
Ash domina a cena, sequência por sequência. Está mais engraçado, seguro em seu personagem. ele se apóia em um humor físico muito bem feito usando como fonte inesgotável os Três Patetas - (só assistindo pra entender). O filme não empolga no quesito terror, aliás caminha no sentido contrário. A questão aqui é puramente comédia. Isso faz bem, é inquestionável.
Herói e galanteador
Os efeitos são mais bem resolvidos, os cenários e figurinos mais complexos. Isso prova também o quão Raimi e a turma da Renaissance Pictures estavam com a moral elevada junto aos estúdios, ele tinha carta branca para fazer (quase) qualquer coisa. Aí entregou essa "comédia" - Uma Noite Alucinante III.
O CAVALEIRO SOLITÁRIO (The Lone Ranger / 2013) - É difícil imaginar o que passa na cabeça de produtores e grandes estúdios depois de lançarem um filme que se torna um sucesso absurdo, que arrecadou quase 4 bilhões de dólares em todo o mundo. É muito dinheiro e que mexe com a cabeça de qualquer um. É normal que um passo seguinte seria apostar no mesmo time para fazer outra saga surgir, quem sabe fazer mais dinheiro? Aqui, a produção é de Jerry Bruckheimer, a direção é de Gore Verbinski e Johnny Depp é o ator principal. A mensagem é mais do que clara. Com O Cavaleiro Solitário eles pretendiam reviver o sucesso da série Piratas do Caribe, mas será que conseguiram?
Tirando Hammer (de chapéu branco ao fundo), está aqui a mesma equipe de Piratas do Caribe
O Cavaleiro Solitário remonta a série Lone Ranger, um cowboy fictício de rádio, cinema, televisão e HQ de sucesso criado em 1933. Se tornou muito popular e caiu nas graças do público, junto com seu fiel escudeiro, o índio Tonto. No Brasil Lone Ranger foi chamado de Zorro devido a dificuldade na época em se encontrar uma tradução para "ranger", o que criou uma confusão anos depois. Mas é bom que se saiba que são dois personagens diferentes - Zorro e Cavaleiro Solitário.
Colocando ambos lado a lado, dá para perceber claramente a diferença
A dupla na famosa série de TV
No longa de 2013, Johnny Depp vive Tonto como se ainda fosse o Capitão Jack Sparrow... de novo! Ele parece ter assumido tão bem o papel do engraçadíssimo capitão de Piratas que vira e mexe acaba revivendo o papel. Depp está cheio de caras, bocas e trejeitos de Sparrow. Tudo o que é bom tem mesmo que ser aproveitado ao máximo, mas não tanto Mr. Depp. Sua maquiagem foi inspirada na pintura "I am Crow" de Kirby Sattler.
Depp e a píntura de Sattler
O problema é que aqui em algumas cenas Depp apenas parece fazer graça sem motivo algum. De longe o Tonto dele se parece com o Sparrow no quesito "comédia". Em Piratas a graça saía mais natural. Aqui Depp exagera, perde o tom. Depp tem que entender que não é humorista, não precisa ficar fazendo graça para se mostrar à vontade em um papel.
Depp à vontade... até demais
Depois de encarar uma dupla de gêmeos em A Rede Social e o namorado de J. Edgar Hoover no filme de Eastwood, Armie Hammer tem aqui o papel da sua vida - vive o ranger John Reid, o herói mascarado parceiro de Tonto.
Armie Hammer
O filme começa com um menino na década de 30 visitando um museu com alguns objetos do Velho Oeste americano expostos. Um deles é um índio comanche. De repente o índio se mexe, olha pro menino e começa a lhe contar uma história. Corte seco. No meio do deserto uma ferrovia está sendo construída enquanto um trem leva dois caras acorrentados por outra via - Tonto e Butch Cavendish. Ao ser desviado da sua rota original, os dois se soltam e Reid, que também está a bordo, prende Tonto enquanto Cavendish foge. É o início da dupla.
A dupla não se dá bem desde o início da trama
A princípio os dois não se bicam, trabalham juntos a revelia, mas a dupla funciona. Como terceiro ponto da trama Butch Cavendish, o vilão, é vivido por William Fichtner. Uma pena gastar um personagem tão importante em um ator sem peso, apesar de seu extenso currículo no cinema. Faltou alguém como um Daniel Day-Lewis ou um Gary Oldman, sei lá, alguém do tipo.
O vilão merecia um ator de mais peso
Cavendish é endossado por Cole o homem do dinheiro por trás da construção de rodovias e que planeja passar para trás todos os seus parceiros e pegar para ele toda a grana resultante das ferrovias. Ele faz o trabalho limpo, Cavendish o sujo. Cole é interpretado por Tom Wilkinson, aí sim uma boa escolha, para um papel que exigia tal peso.
Wilkinson em um personagem que é mais lobo do que carneiro
As sequências de ação são o grande atrativo do longa. E é pontuado por sequências engraçadas, principalmente de Depp e suas caretas em contraste com o "todo certinho" Reid, que não gosta de atirar, prefere levar os criminosos para a cadeia.
Os heróis presos em uma armadilha em uma das boas sequências do longa
Helena Bonham Carter é a dona de um bar de "mulheres da vida" da região, mas é muito mal utilizada. Não há razão de fazer seu personagem aparecer com certo destaque nos banners do filme, afinal de contas ela aparece apenas em dois momentos do filme, não deve dar 15 minutos de tela. Mal proveito de uma boa atriz em um personagem fraco e até certo ponto, sem propósito.
Helena mal aproveitada
Em alguns momentos, Gore Verbinski faz de O Cavaleiro Solitário uma aventura como aqueles bang-bang de TV. Mocinhos, bandidos e índios duelando no velho oeste americano. Nesses momentos, o filme empolga bastante.
Bang bang de TV dos anos 50
O que esperar então de O Cavaleiro Solitário? Boas cenas de ação e convincentes interpretações dos atores, a meu ver mal escolhidos. É impossível não se fazer conexões com Piratas e se constatar logo de cara que O Cavaleiro é um retumbante fracasso. Talvez se for criado um brinquedo na Disney ou com a venda de DVDs ou produtos relacionados ao longa eles consigam reaver parte do prejuízo. Mas nos cinemas vai ficar devendo porque o boca a boca é cruel e ele não é favorável.
TRUQUE DE MESTRE (Now You See Me / 2013) - É inegável que o francês Louis Leterrier tem um gosto profundo pelo formato, gosta de trucagens ágeis, montagens agressivas e (porque não) estilosas, até certo ponto. Afinal de contas um diretor que sentou na cadeira em projetos como Cão de Briga (do brigador Jet Li), Carga Explosiva II (do não menos brigador Jason Statham) e O Incrível Hulk ("salvando" um personagem que havia sido destroçado por Ang Lee no filme anterior Hulk, de 2003) parecia o homem certo para comandar a história de 4 estilosos mágicos/ilusionistas justiceiros.
Laterrier comanda Freeman
Bebendo um pouco também na saga de Danny Ocean (da saga Onze Homens), Truque de Mestre aposta em um elenco jovem, afinado e que se apresenta sempre de forma glamorosa atraindo multidões a cada show. Woody Harrelson, Jesse Eisenberg, Dave Franco e Isla Fischer são os Quatro Cavaleiros, uma trupe que faz shows de mágica em Las Vegas e passa a chamar atenção da polícia já em sua primeira apresentação. Nela um cara da plateia sobe ao palco e em questão de segundos (como num passe de mágica) acaba sendo teletransportado para o cofre do seu banco em Paris. A pedido dos mágicos ele rouba todo o conteúdo que acaba sendo jogado sobre a plateia em uma chuva de euros.
Os quatro "heróis"
Um casal de policiais, vividos por Mark Ruffalo e Melanie Laurent (a eterna Shosanna de Bastardos Inglórios) são deslocados para investigar o suposto roubo. Acabam chegando em um especialista em truques de mágica vivido por Morgan Freeman, que mostra aos policiais como o tal roubo de euros direto do cofre do banco francês foi feito. O seu antagonista passa a ser o personagem de Michael Caine, que vive o bilionário patrocinador dos shows da trupe. Paralelo à este duelo (que coloca Caine e Freeman atuando juntos pela quarta vez; as outras três aconteceram na trilogia do Batman), os quatro mágicos fazem de bobo todos os policiais à sua caça (como V faz em V de Vingança).
Ruffalo e Laurent, a dupla comandando as investigações
No show seguinte, eles "aparentemente" desviam centenas de milhares de dólares da conta bancária do personagem de Michael Caine para a conta de cada pessoa na plateia, passando então a "atuar" de forma independente, ao mesmo passo em que continuam a escapar das garras da polícia. Uma das sequências mais eletrizantes de Truque de Mestre se dá na perseguição ao personagem de Dave Franco (irmão de James Franco), que mesmo acurralado em um pequeno apartamento e cercado por dois policiais, ele consegue se desvencilhar usando um blazer e a gravata presos em um triturador de alimentos, uma cortina e um alçapão de dispensa de lixo.
Frente à frente - Freeman e Caine
OS PRÓXIMOS PARÁGRAFOS CONTÉM SPOILERS
A caçada aos mágicos ganha proporções enormes à medida que a polícia aumenta o cerco. Como os truques dos Quatro Cavaleiros começam a ficar mais perigosos e teoricamente contra a lei por envolver dinheiro, eles passam a desconfiar que tem alguém infiltrado na polícia que de certa forma ajuda os mágicos a não serem capturados. Em uma reviravolta nada surpreendente (é bom que se diga) o personagem Mark Rufallo se mostra ser o tal rato que pretendia além de tudo, resgatar a memória (!) de um parente seu (!), também mágico, que acabara morto décadas atrás. Uma furada.
Freeman ajuda os policiais
No começo do filme enquanto os 4 mágicos se apresentam separadamente, um homem encapuzado se mostra no canto. No surpreendente (?) final, Ruffalo é mostrado como sendo o tal homem. Falta de inspiração que tentou premiar o final de Truque de Mestre com um reviravolta à lá Shyamalan, mas que não funcionou. O personagem de Ruffalo não apresenta em nenhum momento aquela dúvida sobre sua real identidade e o que poderia se mostrar surpreendente acabou ficando incompreensível. Não colou. O personagem de Laurent tem essa característica, não ficaria tão estranho se o roteiro a colocasse como "agente duplo" ao invés de Rufallo.
Os policiais "perdidos" na busca final
Ainda voltando ao início da trama - o personagem de Jesse Eisenberg faz um jogo de cartas onde pede à sua "vítima" que escolha uma das cartas sem dizer a ele qual é. No final do truque um prédio todo é iluminado mostrando a carta escolhida. Não fique surpreso se você escolher a 7 de ouros. Essa cena foi editada a fazer com que o público, inconscientemente, escolhesse essa carta. Aí não há mágica nenhuma, ok?
Escolha uma carta
FIM DOS SPOILERS
Truque de Mestre é um filme-pipoca, passável, mas que poderia ser muito melhor, se não apostasse apenas na força de uma edição descolada, tendenciosa a fazer dos quatro mágicos como se fossem quatro super heróis. Mas tenho que dizer que a escolha dos atores é muito bem feita. Chegaram a pretender Jim Carrey, Sacha Baron Cohen, Colin Firth e Hugh Grant como o quadro que viveria os Quatro Cavaleiros, mas a escolha de jovens atores foi muito acertada, esta aí uma das forças do filme.
Rostos jovens e outros não, conhecidos e outros não - um acerto
APOLO 18 - A MISSÃO PROIBIDA (Apollo 18 / 2011) - Cloverfield foi lançado em 2008, fez certo sucesso e alçou a carreira do produtor J.J. Abrams no cinema. A ideia era simples, explorar o medo de desconhecido, como as pessoas reagiriam se de repente tivessem que lidar com um monstro gigantesco destruindo a cidade? Abrams também atraiu um bom número de espectadores pela forma como resolveu contar essa história, como um falso documentário. Alguns filmes vieram na esteira de Cloverfield e de certa forma, Apolo 18 é um deles.
A lua e as suas surpresas
Aqui as semelhanças começam logo na abertura com um aviso que indica que as "imagens que veremos a seguir foram são de uma viagem tripulada a lua em 1974 e nunca mostradas antes". É uma preparação do terreno, mas que desde o começo não engana. Três astronautas falam para a câmera se apresentando e logo se encontram envolvidos no projeto Apolo 18, quando a corrida espacial contra os soviéticos ainda era feroz.
O claustrofóbico interior da nave
A ação se desenvolve apenas vista pelas lentes internas do foguete e das câmeras que eles levam na missão. Em todas foram instaladas lentes iguais às usadas 40 anos atrás para facilitar essa construção de "época". Andando pela lua, pela face escura, eles dão de cara (ou capacete!) com um foguete soviético e acabam entrando em uma cratera onde encontram o corpo de um dos cosmonautas soviéticos. A bandeira deles também é encontrada, toda rasgada e algumas pegadas estranhas estão ao redor da nave. Tudo é meio estranho. Ao voltar para a nave percebem que a bandeira norte-americana também está destruída.
Bandeira em frangalhos
O carro lunar está revirado, um dos astronautas sai para ver o que aconteceu, quando se percebe a aparição do que os assusta, algo está dentro do seu capacete, se mexe com pequenas perninhas, mas pouco dele se vê.
Algo estranho na imensidão do espaço
O astronauta "contaminado" é trazido para a nave e sua atitude passa a ser, no mínimo estranha. Como em Alien, a princípio pequenos sinais dessa mudança são percebidos - os seus olhos ficam vermelhos, sua atitude se torna mais sombria e aos poucos ele se torna violento. Não é difícil imaginar, é claro, que toda a missão vai pro vinagre e inclusive passa a ser questionada pelos próprios astronautas, como se o pessoal da Nasa já soubesse o que havia lá e os usaram apenas como cobaias.
Um dos "abandonados" astronautas
O filme falha ao mostrar os créditos finais da equipe de produção, pois estraga o próprio começo do filme onde pretendia esconder que se tratava de um longa fictício. Como suspense Apolo 18 vai bem, funciona também para os entusiastas de filmes de espaço, já que ele é explorado a exaustão, principalmente nas condições dos astronautas no espaço e na comunicação com Houston.
O habitat lunar e os modos de agir dos astronautas, dois grandes atrativos do longa
Mas em filmes de espaço a genialidade toda ainda permanece com Kubrick e seu 2001 onde não há áudio nas cenas de espaço, uma característica que Apolo 18 não respeita - depois de ver o clássico de 68, todo filme de espaço parece menor. De qualquer forma o slogan do filme é ótimo: "Existe um motivo para nunca termos voltado à lua." Bom, não acha?
O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA III (Leatherface: Texas Chainsaw Massacre III / 1990) - Tobe Hopper é o gênio por trás da saga do Massacre, mas depois do fiasco e das duras críticas principalmente dos fãs que a continuação de 1986 gerou, era de se imaginar que Hooper não comandaria uma possível parte III. Coube a um jovem amante do gênero - Jeff Burr com 25 anos à época - assumir a cadeira de direção. O roteiro de um também novato - David J. Show - pretendia dar à saga Massacre dois elementos, que estiveram ausentes na parte II, o sangue e o medo.
Na parte I ele é impiedoso, na II é bobo e nessa III Leatherface é insano e coleciona "brinquedinhos"
O roteiro de Show não é lá dos mais originais - conta a história de um casal que viaja por uma estrada e acaba parando em um posto de gasolina. Lá eles são abordados por dois caras para lá de estranhos, um deles é Viggo Mortensen, que acabam brigando, um "mata" o outro, o casal foge.
O ainda não-astro Viggo Mortensen
Logo depois começa a ficar interessante, o roteiro passa a ser conduzido em duas frentes, com duas histórias paralelas. Outros dois personagens são perseguidos por Leatherface no meio de uma floresta à noite. Ele acaba por serrar uma menina ao meio, mostrando logo de cara que esse Leatherface não tem nada daquela baboseira cômica da parte II. O sangue jorra na cara dele. E na tela também.
Eles erram o caminho na estrada e se dão mal
À procura do namorado, a menina entra em um casarão e aí seu destino é selado. Ela vê uma menininha no pé da escada e a segue. Em seu quarto carcaças e ossadas estão espalhadas pelo chão e a criança enfia um lápis no calcanhar da moça, jorrando sangue pra todo lado. Um grande personagem esse da menininha, a primeira criança da família Saw.
Parte da família Saw
Na cozinha, a moça está presa na cadeira e Viggo Mortensen, prega as mãos da moça, numa cena forte de se ver. A mãe Saw aparece, uma velha descabelada em uma cadeira de rodas e logo surge Leatherface empunhando a sua motosserra com detalhes dourados com a inscrição "The Saw is Family".
A inscrição da serra
Enfim, muito sangue, tortura e mais mortes até que surge aquele cara que foge do Leatherface na história paralela que o roteiro prevê. Numa boa virada o cara reaparece, salva a menina e Leatherface começa a perseguí-los. Aí no final... só assistindo.
O insano Leatherface da parte III
Fiquei muito feliz com essa parte III, um filme que respeita a história do original e tenta ao máximo se aproximar do que o filme de Hooper conseguiu lá em 1974. Aqui o roteiro é ótimo, maduro em comparação com a continuação, enxuto, sanguinolento e com algumas boas reviravoltas.
A parte III trata a saga com todo respeito
Leatherface é tratado com muito respeito. Burr cria um personagem insano, amedrontador. Ele é ao mesmo tempo rápido e pesadão, grita forte e usa uma máscara medonha, a mais bem feita de toda saga. Máscara essa que é usada na abertura do filme quando Leatherface é mostrado "confeccionando" a máscara, cortando e costurando pedaços de pele.
O cartaz do filme deixa claro - Leatherface é o grande astro
Um filme notável - o melhor da saga depois do original.