APOLO 18 - A MISSÃO PROIBIDA (Apollo 18 / 2011) - Cloverfield foi lançado em 2008, fez certo sucesso e alçou a carreira do produtor J.J. Abrams no cinema. A ideia era simples, explorar o medo de desconhecido, como as pessoas reagiriam se de repente tivessem que lidar com um monstro gigantesco destruindo a cidade? Abrams também atraiu um bom número de espectadores pela forma como resolveu contar essa história, como um falso documentário. Alguns filmes vieram na esteira de Cloverfield e de certa forma, Apolo 18 é um deles.
A lua e as suas surpresas
Aqui as semelhanças começam logo na abertura com um aviso que indica que as "imagens que veremos a seguir foram são de uma viagem tripulada a lua em 1974 e nunca mostradas antes". É uma preparação do terreno, mas que desde o começo não engana. Três astronautas falam para a câmera se apresentando e logo se encontram envolvidos no projeto Apolo 18, quando a corrida espacial contra os soviéticos ainda era feroz.
O claustrofóbico interior da nave
A ação se desenvolve apenas vista pelas lentes internas do foguete e das câmeras que eles levam na missão. Em todas foram instaladas lentes iguais às usadas 40 anos atrás para facilitar essa construção de "época". Andando pela lua, pela face escura, eles dão de cara (ou capacete!) com um foguete soviético e acabam entrando em uma cratera onde encontram o corpo de um dos cosmonautas soviéticos. A bandeira deles também é encontrada, toda rasgada e algumas pegadas estranhas estão ao redor da nave. Tudo é meio estranho. Ao voltar para a nave percebem que a bandeira norte-americana também está destruída.
Bandeira em frangalhos
O carro lunar está revirado, um dos astronautas sai para ver o que aconteceu, quando se percebe a aparição do que os assusta, algo está dentro do seu capacete, se mexe com pequenas perninhas, mas pouco dele se vê.
Algo estranho na imensidão do espaço
O astronauta "contaminado" é trazido para a nave e sua atitude passa a ser, no mínimo estranha. Como em Alien, a princípio pequenos sinais dessa mudança são percebidos - os seus olhos ficam vermelhos, sua atitude se torna mais sombria e aos poucos ele se torna violento. Não é difícil imaginar, é claro, que toda a missão vai pro vinagre e inclusive passa a ser questionada pelos próprios astronautas, como se o pessoal da Nasa já soubesse o que havia lá e os usaram apenas como cobaias.
Um dos "abandonados" astronautas
O filme falha ao mostrar os créditos finais da equipe de produção, pois estraga o próprio começo do filme onde pretendia esconder que se tratava de um longa fictício. Como suspense Apolo 18 vai bem, funciona também para os entusiastas de filmes de espaço, já que ele é explorado a exaustão, principalmente nas condições dos astronautas no espaço e na comunicação com Houston.
O habitat lunar e os modos de agir dos astronautas, dois grandes atrativos do longa
Mas em filmes de espaço a genialidade toda ainda permanece com Kubrick e seu 2001 onde não há áudio nas cenas de espaço, uma característica que Apolo 18 não respeita - depois de ver o clássico de 68, todo filme de espaço parece menor. De qualquer forma o slogan do filme é ótimo: "Existe um motivo para nunca termos voltado à lua." Bom, não acha?
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