segunda-feira, 11 de abril de 2016

UM MILHÃO DE MANEIRAS DE PEGAR NA PISTOLA (2014)

"Como fui capaz?"

UM MILHÃO DE MANEIRAS DE PEGAR NA PISTOLA (A Million Ways to Die in the West / 2014) - Cada coisa no seu devido lugar. Simples assim. Um ditado pra lá de velho e pra lá de verdadeiro. Seth MacFarlane é o cara por trás dos mais recentes - alguns nem tão recentes assim - séries de comédias animadas de famílias desajustadas como Family Guy, American Dad e The Cleveland Show. São todos ótimos por vários motivos mas basicamente são engraçados porque tem um timing perfeito. Uma fórmula simples e efetiva.

O diretor e protagonista gostando do que vê
MacFarlane escreveu e dirigiu Ted - que fez certo sucesso - e Ted 2 - completamente ignorado. Entre os dois, ele lançou esta comédia do velho oeste - Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola. O título nacional é horrível, chega a ser infame, ainda mais se comparado com o original, que apesar de não ser perfeito, indica uma piada repetida por vários personagens durante todo o filme.

Nos bastidores

Albert (MacFarlane) é um medroso criado de ovelhas que decide mudar de postura - ser mais corajoso - após ver sua namorada (Amanda Syefried), trocá-lo por Foy, o dono de uma barbearia canastrão, vivido por Neil Patrick Harris. O duelo pela mão da moça é a única saída.


Foy, o inimigo de Albert

Ele passa por um treinamento de tiro comandada pela bela Anna (Charlize Theron), uma forasteira que se esconde na cidade à pedido do marido, o bandidão Clinch (Liam Neeson), que cavalga pelas região atrás de ouro e de inocentes para fazer de vítima. Albert se apaixona por Anna. O óbvio cenário está montado.

Uma forasteira que balança corações

Depois de vencer o duelo com Foy - que sofrera de uma diarreia terrível graças a um pozinho colocado em sua bebida por Anna - Albert se vê numa encruzilhada. Clinch chega à cidade e busca o homem que teria beijado a sua esposa. Mais um duelo se apronta. E adivinha quem leva essa?

O bad guy por excelência

Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola tem o charme do velho oeste, mas sofre com sérios problemas. O primeiro deles está na figura do próprio MacFarlane, que apesar de ser uma figura simpática e divertida, abusa demais do humor infantilóide, no pior estilo "pipi-cocô-pum". Ao invés de ele usar o seu talento de outra forma, mudando seu estilo de comédia, ele prefere se entregar a esses detalhes que deixam cada cena com aquela cara de "comédia do tiozão do pavê". MacFarlane jamais será Mel Brooks... nunca!

Um estilo de humor bem cansativo

A química entre MacFarlane e Charlize Theron é praticamente nula. Não poderia haver um casal mais sem sal e nada crível. Eles parecem deslocados, estranhos um ao outro. Os melhores momentos de MacFarlane - os únicos em que ele se sente à vontade - são logo no começo quando ele divide a cena com Giovanni Ribisi e Sarah Silverman. O primeiro, um ator experiente, mas que nunca estourou de forma contundente e a segunda, uma comediante - como MacFarlane - e não tão familiarizada com as telonas.

O casal principal com química zero

O grande mérito - talvez o único - está nas duas aparições surpresas. Em determinado momento, Albert vê no fundo da cidade uma garagem soltando algumas luzes. Ele abre a porta e Doc Brown (Christopher Lloyd em pessoa) está lá tentando esconder o DeLorean. Ele tem até falas! Incrível lembrança.

De Doc Brown...
A outra aparição é de Django (Jamie Foxx). Sem dúvida os melhores momentos do filme.

... a Django

Veja abaixo o trailer de Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola.



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