Whitaker no papel da sua carreira |
O ÚLTIMO REI DA ESCÓCIA (The Last King of Scotland / 2006) - Forest Whitaker ganhou o
reconhecimento geral em O Último Rei da Escócia, levou o Oscar pela atuação do ditador Idi Amin. Whitaker atuou em diversos filmes e seriados desde 1982. Destaque para Platoon, O Mordomo da Casa Branca e pontas em Rogue One e Pantera Negra. Em nenhum deles ele esteve tão bem
quanto em O Último Rei da Escócia.
Governando à duras mãos |
A história começa na Escócia nos anos 70. Nicholas (James McAvoy) acaba de se formar em
Medicina mas não queria trabalhar no País. Ele literalmente rodou o globo e acabou pousando o dedo em
Uganda.
Nicholas (McAvoy) começando o trabalho humanitário na Uganda |
O país africano passava por um período político turbulento.
O governo de Milton Obote acabara de sofrer um golpe e o general Idi Amin (Forest Whitaker)
se tornou o novo presidente. No começo
tudo bem, o povo aplaudia a passagem de Amin nas cidades e nos vilarejos. Nos
comícios era ovacionado.
Idi Amin |
De repente ele foi surpreendido por um chamado, o presidente
precisava de atendimento médico. Quando chegou no local o cenário era o
seguinte: o carro presidencial parado no canto da estrada, do outro lado um boi
agonizando e os donos dele se lamentando e no centro o presidente Amin
reclamando de dores na mão. Nicholas atendeu o ferimento do presidente e começou
a se irritar com os gritos agonizantes da vaca. Por fim, sacou a arma do coldre do
presidente e matou a vaca. O presidente gostou daquele ato repentino e inesperado, Nicholas caiu no gosto do
mandatário do país.
A desconfiança no começo |
Em pouco tempo se tornou amigo, confidente e até conselheiro do presidente.
Algumas pessoas tentavam alertar Nicholas sobre as atrocidades que ele cometia
contra a população, contra inimigos políticos e claro traidores dentro do
próprio governo. Nicholas não acreditava porque não tinha visto nada. Para ele, Amin era até injustiçado.
De médico pessoal a amigos |
Até que ele informou a Amin sobre um ministro que estava
conversando de forma estranha com outro homem. Do nada, ele desapareceu. Aí Nicholas percebeu
que o governo era uma ditadura. E pior, disse que queria ir embora pra
Escócia, Amin não deixou e o jovem se
viu preso a um homem violento em um país sem
lei.
O diretor Kevin McDonald em ação |
O grande trunfo de O Último Rei da Escócia é mesmo Whitaker.
Ele consegue mudar de intenção em uma
mesma cena, saindo de um sorriso
simpático e bonachão para uma expressão fechada, amarrada,
que te deixa às mãos do inesperado. Assustador, pra dizer o mínimo.
A expressão que se fecha e a ditadura que se acirra |
O filme ganha tons claustrofóbicos na parte final e cumpre
muito bem o papel de servir como biografia do líder autoritário de uma das mais
sangrentas ditaduras da história, que
vitimou 300 mil pessoas em 7 anos. O Último Rei da Escócia serve hoje, 10 anos depois, como espelho de outros
governantes que tem por aí. Um líder “mimado que mais parece uma criança”,
conforme descrito por Nicholas. Uma semelhança que não é mera coincidência.
Um comentário:
Eu adoro filmes baseados em fatos reais, são sempre tão impactantes. Quero muito ver o novo filme que será lançado, sobre o Brexit.E ainda mais por ser com o Cumberbatch, um Acho-o um excelente ator. Eu, pessoalmente, adoro pesquisar e ver filmes e documentários sobre política e temas polêmicos, como é o caso de um assunto tão atual como brexit filme legendado . Eu assisti o trailer e achei muito incrível como o Benedict Cumberbatch está irreconhecível. Aliás, ele sempre mergulha nos papéis e surpreende. Eu acredito que esta produção tenha tudo para ser um dos dramas mais interessantes do ano, seja pelas atuação como a trama em si.
Postar um comentário