domingo, 8 de julho de 2018

O ÚLTIMO REI DA ESCÓCIA (2006)

Whitaker no papel da sua carreira

O ÚLTIMO REI DA ESCÓCIA (The Last King of Scotland / 2006) - Forest Whitaker ganhou o reconhecimento geral em O Último Rei da Escócia, levou o Oscar pela atuação do ditador Idi Amin. Whitaker atuou em diversos filmes e seriados desde 1982. Destaque para Platoon, O Mordomo da Casa Branca e pontas em Rogue One e Pantera Negra. Em nenhum deles ele esteve tão bem quanto em O Último Rei da Escócia.

Governando à duras mãos

A história começa na Escócia nos anos 70. Nicholas (James McAvoy) acaba de se formar em Medicina mas não queria trabalhar no País. Ele literalmente rodou o globo e acabou pousando o dedo em Uganda.

Nicholas (McAvoy) começando o trabalho humanitário na Uganda

O país africano passava por um período político turbulento. O governo de Milton Obote acabara de sofrer um golpe e o general Idi Amin (Forest Whitaker) se tornou o novo presidente. No começo tudo bem, o povo aplaudia a passagem de Amin nas cidades e nos vilarejos. Nos comícios era ovacionado. 

Idi Amin

De repente ele foi surpreendido por um chamado, o presidente precisava de atendimento médico. Quando chegou no local o cenário era o seguinte: o carro presidencial parado no canto da estrada, do outro lado um boi agonizando e os donos dele se lamentando e no centro o presidente Amin reclamando de dores na mão. Nicholas atendeu o ferimento do presidente e começou a se irritar com os gritos agonizantes da vaca. Por fim, sacou a arma do coldre do presidente e matou a vaca. O presidente gostou daquele ato repentino e inesperado, Nicholas caiu no gosto do mandatário do país.

A desconfiança no começo
Em pouco tempo se tornou amigo, confidente e até conselheiro do presidente. Algumas pessoas tentavam alertar Nicholas sobre as atrocidades que ele cometia contra a população, contra inimigos políticos e claro traidores dentro do próprio governo. Nicholas não acreditava porque não tinha visto nada. Para ele, Amin era até injustiçado.

De médico pessoal a amigos
Até que ele informou a Amin sobre um ministro que estava conversando de forma estranha com outro homem. Do nada, ele desapareceu. Aí Nicholas percebeu que o governo era uma ditadura. E pior, disse que queria ir embora pra Escócia, Amin não deixou e o jovem se viu preso a um homem violento em um país sem  lei.

O diretor Kevin McDonald em ação

O grande trunfo de O Último Rei da Escócia é mesmo Whitaker. Ele  consegue mudar de intenção em uma mesma cena, saindo de um sorriso simpático e bonachão para uma expressão fechada,  amarrada,  que te deixa às mãos do inesperado. Assustador, pra dizer o mínimo.

A expressão que se fecha e a ditadura que se acirra

O filme ganha tons claustrofóbicos na parte final e cumpre muito bem o papel de servir como biografia do líder autoritário de uma das mais sangrentas ditaduras da história, que vitimou 300 mil pessoas em 7 anos. O Último Rei da Escócia serve hoje, 10 anos depois, como espelho de outros governantes que tem por aí. Um líder “mimado que mais parece uma criança”, conforme descrito por Nicholas. Uma semelhança que não é mera coincidência.
Veja abaixo o trailer  de O Último Rei da Escócia.


Um comentário:

Unknown disse...

Eu adoro filmes baseados em fatos reais, são sempre tão impactantes. Quero muito ver o novo filme que será lançado, sobre o Brexit.E ainda mais por ser com o Cumberbatch, um Acho-o um excelente ator. Eu, pessoalmente, adoro pesquisar e ver filmes e documentários sobre política e temas polêmicos, como é o caso de um assunto tão atual como brexit filme legendado . Eu assisti o trailer e achei muito incrível como o Benedict Cumberbatch está irreconhecível. Aliás, ele sempre mergulha nos papéis e surpreende. Eu acredito que esta produção tenha tudo para ser um dos dramas mais interessantes do ano, seja pelas atuação como a trama em si.