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Chris Kyle, o melhor sniper do exército americano |
SNIPER AMERICANO (American Sniper / 2014) - Chris Kyle é um nome que divide opiniões, para uns, ele é um herói, para outros, um assassino. O atirador de elite mais letal do exército americano, com cerca de 160 mortes na guerra do Iraque (incluindo algumas mulheres e crianças), se aposentou em 2009 e escreveu uma autobiografia, lançada em 2012. A história de Kyle ganhou espaço na mídia americana e depois mundial, por conta do desfecho chocante. O livro deu origem ao filme
Sniper Americano.
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Eastwood e Cooper juntos no set |
No longa dirigido por
Clint Eastwood, as cenas de guerra são muito bem feitas, bem filmadas. Não é difícil de se imaginar como um dos soldados na linha de frente do combate, tamanho o realismo daquelas sequências. Fruto do talento do diretor e da equipe.
Bradley Cooper vive Kyle intensamente.
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A visão de Kyle durante a guerra |
Apesar da qualidade dessas sequências, a grande força do filme está nos 15 minutos finais, quando já de volta a casa, Kyle começa a sofrer com transtornos pós-guerra. São alucinações e pesadelos que fazem o filme valer a pena. Uma cena em especial chama atenção. Kyle assiste TV, barulhos de tiros dominam a cena. Em um movimento de câmera vemos na verdade que a TV está desligada. O combate acontece apenas na cabeça de Kyle. Em alguns momentos lembra
Tim Robbins em
Alucinações do Passado. A família de Kyle sofre. Mas aos poucos ele vai se recuperando, até o trágico desfecho.
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Cooper personifica bem Kyle |
O filme de
Eastwood foi acusado de ser propagandista da guerra. Tudo piora com o inclinamento político do diretor que nunca se mostrou contrário ao uso de armas. O pecado do longa de
Eastwood está em não cogitar a hipótese de Kyle ter passado dos limites e ter se transformado em um justiceiro, apenas tomado pela sede cega de matar. Para ele, durante a guerra valia de tudo. Um discurso retrógrado, e que ainda faz a cabeça de muita gente.
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O Kyle real e o do cinema |
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