Florence é interpretada por Meryl Streep, muito bem por sinal, mas rasgar elogio à Streep seja desnecessário. Hugh Grant vive St. Clair, seu marido que leva outro matrimônio em segredo. Florence sonha em ser cantora de ópera, mas não tem voz para isso. É aplaudida por suas amigas - velhinhas e surdas - que não ouvem o que todos, inclusive seu marido, escutam claramente - a sua voz pra lá de desafinada.
Ilusões de uma senhora
St. Clair contrata, após escolha de Florence, o jovem pianista Cosme (o surpreendentemente ótimo Simon Helberg, o Howard do The Big Bang Theory). Ele é inexperiente, mas compensa com muito talento. Ele chega a rir - não na presença dela, é claro - após ouvir Florence cantando. St. Clair batalha duro para manter a imagem de boa cantora da esposa ao pagar pequenas quantias ao professor de canto e aos jornalistas que cobrem as apresentações dela. A revisões nos jornais do dia seguinte acabam sendo favoráveis e a imagem de Florence de ótima cantora segue intacta.
Preste atenção nesse cara!
Mas tudo é posto à perder na noite em que ela fecha o Carnegie Hall e oferece um show aos soldados, como forma de retribuição. Ali, ninguém se aguenta. Os risos caem soltos, todos que assistem percebem que Florence não tem a menor condição de cantar. Sua voz é horrorosa. O talento é zero. Duvida? Ouça abaixo o áudio original de Florence cantando Mozart.
O problema de Florence: Quem É Essa Mulher? é que não emociona nem cativa como deveria. Não dá pena de Florence, nem raiva do marido que compra opiniões e vive outro relacionamento. Isso sem falar que o CGI usado pra mostrar a cidade na década de 30/40 é sofrível, mal feito até.
Ele faz ela acreditar que é boa
Mas não é um filme ruim, não entenda mal. Apenas fica aquele gosto de descartável logo depois de assisti-lo. Vale muito por Streep e por Helberg que está à vontade para desfiar todo seu talento.
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