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"It´s bigger than the last one" |
INDEPENDENCE DAY: O RESSURGIMENTO (Independence Day: Resurgence / 2015) - É um perigo assistir remakes ou continuações caça-níquel de filmes que você se lembra com carinho. Tive a sorte de ir ao cinema por acaso e assistir ao
Independence Day na década de 90. Saí entusiasmado do cinema, gostei de tudo! Reassisti o filme todas as vezes que passou na Sessão da Tarde, gravei o filme em VHS e depois, já recentemente comprei o DVD. Sou muito fã do original, então sabia que assistir essa sequência seria um risco.
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Parte do elenco original volta nessa continuação |
Confesso que assisti essa continuação com poucas esperanças de que veria algo realmente bom e meus medos se confirmaram.
Independence Day: O Ressurgimento, se passa vinte anos depois dos acontecimentos originais e... é um filme ruim, empacotado e embalado para atrair novos fãs, mas atropelando praticamente tudo o que o original tinha de bom.
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O ex-presidente atormentado por pesadelos com alienígenas |
Jeff Goldblum e
Bill Pullman estão de volta, assim como outros, menos
Will Smith que decidiu não participar. A relação que o roteiro faz entre os personagens antigos abrindo espaço para os novos é interessante. Funciona e resolve. Mas o problema é muito mais profundo. O roteiro é fraco, não aprofunda e nos joga de repente numa batalha entre raças de outros mundos com pouca explicação.
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As batalhas - único atrativo desse novo filme |
Desta vez os ETs chegam por aqui, aterrizam sua nave - bem maior que a do filme anterior - e começam a cavar um buraco no centro do planeta para destruir de vez a vida por aqui. Todo encontro entre raças, que era um dos grandes baratos do primeiro filme, aqui acontece a todo tempo, o que acaba ficando sem valor. Então não faz diferença se o inimigo é de outro planeta ou da rua ao lado? Perdeu o sentido serem ETs os vilões.
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O "destemido" David está de volta |
As soluções encontradas para expulsar os ETs daqui são bem parecidas com as do roteiro original de 1996, até a questão do tiro do sacrifício, do presidente dos EUA discursando pro mundo todo ouvir, e a conversa entre raças sendo feito por um ser humano com os tentáculos em volta do pescoço... são muitos os pontos onde esse roteiro copia o anterior. Uma preguiça de roteiro que resulta em um filme que não se justifica, a não ser levantar belas quantias.
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Liam Hemsworth buscando seu espaço como uma cara nova |
Fique com o original, de 1996. Lá os efeitos não são melhores, mas o pioneirismo e a inventividade do roteiro fazem do filme um clássico. Aqui, eles copiaram basicamente o que foi feito lá trás esperando o mesmo sucesso, o que não se repetiu. Será que vem uma parte III por aí? O filme termina com um indicativo que sim. É bom os roteiristas se esforçarem um pouco mais, serem mais criativos e anotar uma lição importante - não basta sair por aí explodindo pontos turísticos, um filme precisa mais, precisa de história, uma boa história.
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A cara do inimigo |
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