A BOLHA ASSASSINA (1958 / 1988) – Dois filmes, uma mesma
história. O primeiro filme da infame Bolha Assassina é pura inocência a cada
cena. O remake é uma obra sangrenta e recheada de criaturas disformes e
assustadoras. A história por si só se tornou rapidamente
um clássico do cinema de ficção científica.
Naquela década de 50 o filme retrata homens respeitosos,
mulheres delicadas – e algumas submissas – pais com controle sobre o destino
dos filhos e policiais respeitados apenas pela postura e não pelas armas que
carregam. A Bolha Assassina começa com a queda de algo do céu. Só quem vê é um
casal de namorados que rapidamente se dirige para lá. Quem dirige é Steve,
interpretado por Steve McQueen em uma de suas primeiras aparições nas telonas. Ele já tinha 27 anos, mas
interpreta aqui um jovem estudante com quase 10 anos menos.
Um velho fazendeiro
chega primeira ao local e ao cutucar o objeto, ele rapidamente toma conta da sua
mão. Gruda e não solta. O velho reclama de muitas dores e o jovem casal o leva pro
médico da cidade. La, ele tenta de tudo, de tiros de espingarda até ácido, mas
em pouco tempo a massa toma conta do seu braço todo e termina por consumir o
velho. Os jovens correm pra delegacia e quando retornam, a bolha está maior e
já consumiu por inteiro o médico e a enfermeira. E mais, ela fugiu pela janela
e está se arrastando pela cidade.
O filme não desvia desse plot principal, o
roteiro é simplista nesse sentido. E que bom! A bolha acaba crescendo tanto que
ataca uma sala de cinema inteira, fazendo com que as pessoas saiam correndo
desesperadamente. A cena mais icônica do filme.
E não
vou contar como, mas eles encontram uma saída para aquela situação e a cidade
toda, que foi acordada durante a madrugada, consegue derrotar a bolha. Mas ela
não é morta... acaba jogada no polo norte e logo depois aparece o “the end”. E na
sequência um grande ponto de interrogação toma conta da tela indicando uma
sequência da história, que nunca aconteceu.
Veja abaixo o trailer de A Bolha Assassina de 1958.
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A BOLHA ASSASSINA (1988) - O remake veio 30 anos depois. Aqui a história ganha mais sangue e a bolha deixa de ser "apenas" uma bolha para
se tornar uma massa, que mais parece um grande chiclete amassado, que lança tentáculos
e garras ágeis, que grudam e alcançam longas distâncias. Isso faz com que a
bolha empale pessoas, grude pessoas no teto e se torne uma perseguidora
implacável, até mesmo pelos subterrâneos da cidade.
O remake não tem estrelas,
Chuck Russell, o diretor, é a maior delas, e acabou dirigindo depois O Máskara, e Queima de Arquivo.
Em A Bolha Assassina, Russell e sua equipe de roteiristas e de
efeitos especiais montaram um filme nojento, asqueroso, gore... e muito bom! O
trecho final dá uma explicada no surgimento da bolha – seria uma experiência
feita por uma equipe de cientistas que deu errado e fugiu do controle (bem pouco original, né?)
Particularmente, eu acho o remake da década de 80 muito
melhor. Isso, claro, pela efeitos e pelo roteiro que não se limitou a
homenagear/copiar o filme de trinta anos antes. Foi além e agradou. O
primeiro é uma boa ideia, o segundo é o aprimoramento dela.
Veja abaixo o trailer de A Bolha Assassina de 1988.
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