sábado, 31 de março de 2012

PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN (Or. We Need to Talk About Kevin) - Tenho um problema grande com este Precisamos Falar Sobre o Kevin. Explico... Pra começar não lí o livro. Então sou incapaz de tecer qualquer comparação entre um e outro. A minha Ká quando leu achou o máximo e quis muito ver o filme, que acabou por também achar o máximo. Já eu...
A história é vista do ponto de vista da mãe de Kevin, um menino que desde o nascimento é um garoto-problema, uma peste, que por vezes parece gostar de irritar as pessoas, especialmente sua mãe, vivida pela quase-sempre ótima e sempre estranha Tilda Swinton. No começo ela imagina que a birra do menino é coisa de criança, mas conforme ele cresce essa tal birra não pára, e pior só aumentam. VOU CONTAR ALGO AGORA E NÃO É SPOILER - Quando adolescente, o menino comete um crime, entra na sua escola e mata uma série de alunos e professores e é preso. Tudo gira em torno da situação da mãe, que precisa conviver com as mães dos alunos mortos e é hostilizada por isso.
O grande acerto, além da escolha da Tilda, é da diretora Lynne Ramsay, que escolhe por brincar com o tempo das coisas, mesclando a situação que está com o que aconteceu e tecendo aos poucos a atual situação da mulher. Este é um acerto enorme!
Mas as maldades do menino beiram o irreal de tão forçadas. O moleque nos seus 15 anos brincando de irritar a mãe com uma série de situações bizarras. Como comer um pedaço enorme de frango enquanto a mãe toma banho, poucos minutos depois de ter combinado de sair para jantar com ela. !Chega a ser ridículo!
O filme vale pela forma e pela atuação de Tilda, já o resto... bem, cabe aos que leram o livro dizer se o filme passou ou não dos limites.
JOGOS VORAZES (Or. The Hunger Games) - Quase... Essa é a sensação que fica após a sessão de "Jogos Vorazes" nova aposta de franquia da Paris Filmes. Ele é quase um grande filme, é quase bem feito e quase satisfaz. O filme deixa mais emendas do que resolve as amarras da própria trama.
A trama se passa em um planeta chamado Panem em um tempo não especificado. O local é dividido em 12 distritos, como se fossem castas, cada um com sua onrigação na manutenção da sociedade. Em um reality show da TV, exibido para todo o planeta, são escolhidos dois integrantes de cada distrito que são largados à própria sorte na gigantesca floresta local. A regra do reality é não ter regra alguma. Com as armas fornecidas pela produção do programa, os participantes tem que se matar até que apenas um fique vivo.
Não se engane! Pouca coisa nesse roteiro é original. Jogos Vorazes dialoga muito com O Sobrevivente, com Schwazzenegger de 1987 e Batalha Real, filme japonês de 2000. São tramas muito parecidas. Nessa cumbuca de influências eu acrescento O Quinto Elemento de Luc Besson, pelo visual Colorido-punk e O Show de Truman, pela forma como a produção do prorama controla cada movimento dos participante, assim como o faz com Truman, personagem de Jim Carrey no longa de 1998.
Mas apesar de tantas influências, Jogos Vorazes não decola. Os personagens não são bem desenvolvidos, são ralos demais. Tudo é muito raso. As cenas de batalha na floresta são curtas e mal resolvidas. As regras do próprio reality não ficam claras e o filme passa superficialmente.
É esquecível, mas diverte. E se é apenas diversão que você procura assista o quase bom Jogos Vorazes.