quinta-feira, 17 de abril de 2008

ALIEN - O 8º PASSAGEIRO - Em 1979 nasceu um das séries de filmes de ficção científica/terror com maior número de fãs espalhados por todos os cantos do mundo. O Alien é cultuado como um dos grandes filmes da história do gênero e até hoje se vêm camisetas, jogos e bonecos tanto do bichão aí ao lado como da bela (pelo menos na época) Sigourney Weaver e sua Tenente Ripley (que também estava muito bela nos Caças-Fantasmas que faria alguns anos depois).
Aqui, 7 passageiros em uma nave espacial enfrentam a incômoda, digamos assim, situação de se encontrarem aprisionados naquele ambiente com um ser extraterrestre que nada sabem a respeito. Os passageiros vão morrendo um a um e o bichão sempre na espreita, aguardando o próximo ataque. O ambiente úmido e escuro favorece ao tal Alien e a trilha sonora favorece os sustos, sempre certos.
Há 3 sequências, Alien - O Restage, Alien 3 e Alien - A Ressureição. O diretor Ridley Scott, aqui em seu segundo filme, faria poucos anos depois Blade Runner e mais adiante Thelma e Louise e mais recentemente Gladiador e O Gângster.
O personagem Ripley de Weaver no roteiro era um homem, mas foi alterado por Scott que provocava mixar a força da personagem com a beleza e fragilidade de uma mulher. Ian Holm também pode ser visto como o padre ambicioso de O Quinto Elemento.
O filme é antigo, mas não envelheceu.
A MALDIÇÃO DA FLOR DOURADA - O diretor Zhang Yimou segue à risca a lição que aprendeu dos cineastas orientais, o cuidado com os detalhes faz o filme. E não há quem duvide, basta assistir sua cinegrafia para perceber isso. Dele também são os exclentes O Clã das Adagas Voadoras e Herói.
Aqui, a esposa do imperador vive um relação com um de seus filhos (enteados) e planeja com ele forçar a saída do imperador do trono, ao descobrir que o remédio que o mesmo lhe receita todos os dias está lhe prejudicando o raciocínio, ela está ficando louca.
Um dos principais personagens do filme são os cenários e os figurinos, que começaram a ser bordados cerca de 2 meses antes de rodar o filme, tanta dedicação rendeu uma indicação ao Oscar de melhor figurino.
Apesar disso este filme não segue a excelência dos outros dois supracitados. Nada pela história, assista este pela exuberante beleza.
SUPERBAD - É HOJE! - Quanta diferença entre este Superbad - É Hoje! e a bomba do Ligeiramente Grávidos. Aqui a linguagem é muito mais pesada (são ditas quase 200 vezes a palavra fuck), a temática também (sexo), além de ser nonsense até não poder mais (situações bizarras e tudo mais). Mas talvez a diferença desta para outras comédias adolescentes é a originalidade (!) do roteiro. Mas como um tema tão batido pode ser original?! O roteiro não segue o esquema de piadas de outros filminhos adolescentes rasteiros e os personagens aqui são muito bem resolvidos e a dupla principal (Jonah Hill e Michael Cera) são muito simpáticos ao público.
O filme é agradável e muito divertido, mas não pense em assistir com a família ou coisa assim, os temas não são leves. Confira!
O ASSASSINATO DE JESSE JAMES PELO COVARDE ROBERT FORD - De tempos em tempos alguns gêneros que pareciam mortos e enterrados ressurgem com uma força impressionante. Algumas destas ondas, acabam trazendo ou reavivando gêneros que pareciam mortos e apagados e que acabam durando por um certo tempo (como o gênero dos épicos que voltou por causa do Sr. dos Anéis), outros que chegam a durar por uns 3 ou 4 filmes de médio sucesso (como os policiais que vem e vão) e outros que nem isso. A vez agora é dos faroestes.
O lendário Jesse James é vivido aqui por Brad Pitt, ele é o personagem central do filme, ocupa praticamente sozinho o cartaz do filme... mas não adianta a película inteira é a do (ótimo) Casey Affleck, que faz o tal do Robert Ford. Ele é o dono de todas as sequências em que aparece, o irmão do Ben realmente está muito bem.
Mas o filme em si não empolga, é tão longo e arrastado quanto o próprio título. Não curti a montagem do diretor Andrew Dominik, que experimenta aqui seu primeiro filme de médio-grande porte.
O faroeste não pode voltar à voga por causa de um filme como este, o gênero que já revelou John Wayne, Clint Eastwood, entre muitos outros, merece mais, muito mais.
ONDE OS FRACOS NÃO TEM VEZ - O Oscar é uma premiação questionável, muito política e tendenciosa, isso ninguém nega, não é mesmo? E dificilmente a gente pode dizerque tal filme mereceu o Oscar porque para garantir isso a gente teria que ter assistiso a TODOS os concorrentes, não é mesmo?! Então, o máximo que sobra a nós é dizer que se concordarmos com a escolha, na medida em que achamos que tal ator foi bem, tal filme é bom e etc. Bem, esta volta toda serviu para eu dizer que concordei com a escolha deste filme dos Irmãos Coen na escolha da premiação.. ufa! Ele choca, provoca, contesta e nos deixa indignados. E o mais bacana é quando o filme faz isso cercado apenas de bom roteiro e grandes interpretações, como é o caso. Ou você acha que Josh Brolin não está perfeito como um pilantra sem medidas no meio do Texas? Ou mesmo não acha que Javier Bardem está fantástico como assassino sem motivo? Ou Tommy Lee com seu xerife cansado?

Grande filme, muito bem feito. Ok, tem um CGI dos veados no começo muito mal feito, os bichinho correndo não enganam ninguém, ainda mais hoje em dia com estes games que são mais reais que a realidade (gostaram?).

Fora isso é uma bela obra, com seus silêncios muito bem respeitados e um elenco que eleva o filme à um degrau muito alto. E termina da forma perfeita, para todos os personagens principais... cabe a nós juntar as peças...

sexta-feira, 4 de abril de 2008

JUNO - Dois adolescentes acabam se vendo na situação de serem pais, a menina acaba de descobrir que está grávida. Ambos não sabem ao certo como reagir à aituação, o que fazer, o que falar e para quem falar. O pai dela aceita numa boa e a menina, obviamente não preparada para aquilo tudo, resolve doar para um casal bem de vinda que sonham em ser pais. Todos os problemas são postos às claras na mesa e no fim eles se resolvem e da maneira mais simples possível, como se acontecesse com a gente ou um amigo próximo. Esta é a história de Juno.

Os atores interpretam tão bem os personagens, que são muito bem escritos também, que parece não haver espaço para falhas. Não há o que não se gostar, ou com o quê não se identificar. O roteiro, não podia ser diferente, levou o Oscar, a venda de telefones de hamburguer, o mesmo da Juno, cresceram quase 200% nos EUA e o filme foi o primeiro da Fox a passar a marca de 100 milhões arrecadados nas bilheterias mundiais (detalhe: o filme custou "só" 7,5 milhões).

Ellen Page pode ser vista também em Meninamá.com, Michael Cera (o pai precoce) é o bobão romântico do trio de Superbad - É Hoje e o pai dela J.K. Simmons, é o diretor do jornal onde trabalha o Homem-Aranha de Tobey Maguire.

É para sair do cinema de bem com a vida, de bem com quem se ama... de bem.

AS UVAS DA MORTE - Mais um produto da Sessão Comodoro, de Carlos Reichenbach. E o que dizer deste terror exploitation francês da década de 70? Bem... é um filme de Jean Rollin, um diretor que se especializou em obras de terror com nudez e sexo..

Este é de 1978 e se chama "Les Raisins de la mort" (The Grapes of Death ou As Uvas da Morte) e conta a história de uma cidade no interior da França cujos habitantes se transformam em zumbis com a contaminação do pesticipa utlizado nas plantações. Aí vira um pega pra capar, a bela mocinha fugindo de terríveis zumbis, criando situações agoniantes.

O principal personagem do filme é o cenário: um vilarejo escondido no meio das montanhas que passa o tempo todo sob forte névoa, combinada a uma trilha aterrorizante. É o principal trunfo da obra, dá vontade de ver os outros de Rollin.

OS DONOS DA NOITE - Depois de Johnny e June (um dos melhores filmes que já assisti na vida), Joaquin Phoenix assumiu um grau de importância muito alta. Na minha opinião, ele é, juntamente com Edward Norton, Ewan McGregor e Heath Ledger um dos grandes atores dessa geração. E não tem como negar que ele foi o principal atrativo para eu querer assistir a este Os Donos da Noite. O filme baseado em fatos reais, se passa no início dos anos 80 e mostra uma operação da polícia dos EUA chamada "We Own the Night" (o título original) que tinha como objetivo limpar as ruas das gangues e das máfias, neste caso a russa.
Phoenix é dono de uma boate que abriga boa parte da máfia, mas passa a ser pressionado por seu pai e seu irmão (policiais) para que este entregue a máfia e ao mesmo tempo é pressionado pelos amigos mafiosos que percebem a boate sendo tomada pelos tiras.
Trilha sonora bem anos 80, algumas cenas fortes e uma sequência de perseguição de carros muito bem feita, animam o filme que só não leva uma nota 10, que em alguns momentos lembra (e muito) Os Infiltrados, de Scorsese.
LIGEIRAMENTE GRÁVIDOS - Bela bomba! Muito se falou a respeito deste filme e de outra comédia do mesmo diretor (Superbad - É Hoje, ambos de Judd Apatow) dizendo que salvaram as comédias de adolesente, levando este segmento a um novo nível, em que os espectadores não são tratados como meros idiotas, como na série American Pie, por exemplo. No Superbad até concordo, cuja principal inovação é justamente essa, é engraçado, inteligente e renova este tipo de filme, mas com Ligeiramente Grávidos, o resultado é bem inferior.
A história é sobre uma bela garota (Katherine Heigl) que em uma noite acaba engravidando de um sujeito (Seth Rogen) a princípio escroto, que só pensa em bebedeiras e mulheres nuas, e fica por isso mesmo. É isso e mais nada. O roteiro é até bem escrito e alguns personagens e momentos engraçados, mas não dá pra dizer que é um bom filme. Fuja dele e você não vai perder nada, acredite, a "salvação da comédia" é mais referente ao Superbad do que a este aqui.