quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O SONHO DE CASSANDRA - No final de semana passada assistí ao (já clássico) Bastardos Inglórios do gênio Tarantino. E comecei esta com uma obra de outro gênio Woody Allen, mas em momento a meu ver, pouco inspirado.

É o problema de se fazer 1 filme a cada 2 anos, muitos altos e baixos. Woody tem muitos altos, Scoop e Vicky Cristina Barcelona foiram na minha opinião, os últimos grandes altos, mas O Sonho de Cassandra fica um pouco atrás. Mas mesmo assim é, como todos do Woody, acima da média.

São dois irmãos, Colin Farrell e Ewan McGregor filhos de um humilde dono de restaurante. O primeiro é viciado em jogos e o segundo gosta de usar roupas bonitas e viver de aparências. Quando, para saldar uma dívida e manter a falsa vida rica, eles pedem dinheiro emprestado para um tio rico, recebem uma contra proposta bem grave. E é a partir daí que os personagens afloram os conflitos se aprofundam.

Personagens muito bem construídos e um roteiro redondinho, corriqueiro para Woody, são os pontos fortes da trama, isso sem falar na beleza de Hayley Atwell, que faz a namorada de Ewan "Obi-Wan Kenobi" McGregor.

É uma tragédia grega que mantém a agonia até o desfecho.

domingo, 18 de outubro de 2009

BASTARDOS INGLÓRIOS - Primeiro começamos definindo: Tarantino é gênio! Sempre foi. Eu digo isso por aqui já há bastante tempo. Ao lado de Woody Allen e David Lynch não há melhor. E mais uma vez ele entrega uma obra prima, uma maravilha que te prende na cadeira até o final. Pode ser pelos diálogos cortantes, pelas sequências bem arquitetadas, pelas situações que o roteiro propõe ou pelos atores que ressucita.

Bastardos Inglórios se passa durante a 2ª Guerra Mundial. Conta a história de um grupo de soldados judes americanos que tem como objetivo matar todo e qualquer nazista que aparecer pela frente. Eles são chamados para "atuar" durante o lançamento de um filme pró-nazismo, que vai reunir toda a alta cúpula. Brad Pitt, Eli Roth (diretor do Albergue), Daniel Brühl (que fez Adeus Lenin), estão entre os nomes que estrelam o filme. Mas preste muita atenção em Mélanie Laurent, como Shosanna e Christoph Waltz, como o coronel nazista Hans Landa.

Preste atenção na cena de abertura, na cena do salloon, na cena dentro do cinema. Sequências incríveis, belas e com diálogos afiadíssimos.

O roteiro está escrito há quase 20 anos, desde quando Quentin trabalhava como atendente de uma locadora. Filme de guerra com roteiro e direção de Quentin Tarantino: imperdível! Reserve espaço na sua DVDteca, o próximo filme a entrar lá será Bastardos Inglórios. Assista e comprove!

sábado, 17 de outubro de 2009

NO HOTEL DA FUZARCA / OS GÊNIOS DA PELOTA - É sempre bom visitar ou revisitar os clássicos. Eu nunca havia visto nada dos Irmãos Marx, aliás apenas conhecia o Groucho, com aquele bigode e as sombrancelhas exageradas e o cachimbo no canto da boca. Nem sabia que eram 4, nem sabia que se chamavam Groucho, Harpo, Chico e Zeppo. Assisti aos dois filmes do título, curtos, pouco mais de 1 hora cada e não há como ficar indiferente.

O humor é ingênuo, simples, à lá Os Três Patetas, só que melhor. Os 4 Marx tem mais carisma do que os 3 trapalhões que se batem sem parar. Groucho é o fanastrão, parece uma metralhadora soltando plavaras atrás de palavras, sempre sacadas ótimas e tem o "andar do pato" que é genial. Harpo é mudo, aposta no humor físico, tem sempre um olhar infantil. Quase sempre divide a cena com Chico, o irmão que não perde sotaque italiano, é desconfiado e o "cérebro" (burro) das artimanhas. Zeppo só está lá pelo sobrenome, não faz nada demais, virou produtor depois que se sentiu deslocado após os primeiros filmes.

Os destaques ficam para as sequências de humor físico, como a das portas no Hotel da Fuzarca ou da pedra de gelo no quarto da mocina em Os Gênios da Pelota.

OS ESTRANHOS - "Tranque a porte e finja se sentir seguro." É tudo o que deve-se saber antes de assistir ao filme Os Estranhos. Um casal (Liv "filha-do-cara-que-canta-no-Aerosmith" Tyler e Scott "cara-que-fez-Felicity" Speedman) segue para uma casa afastada no meio do nada, onde são torturados psico e fisicamente por 3 figuras usando máscaras.
É muito assustador! Principalmente porque o roteirista e diretor estreante Brian Bertino, fez uma escolha mais do que certa para este tipo de filme. Abandonou os sustos fáceis e as trilhas que preparam o clima. O filme é cru e a pouca iluminação nos ambientes da casa lembram um cenário de Hitchcock.
Vale a pena descobrir este filme na prateleira da locadora. Mas lembre-se: nem tudo há que ter sentido e nem todo ato pede uma explicação.