sábado, 17 de novembro de 2012


ARGO - Argo é ótimo. Ponto. Nada poderia ser mais simples. A produção e a direção levam a assinatura de Ben Affleck. Este é o terceiro longa que Ben dirige. Atração Perigosa, foi o filme que com a sua direção obteve o maior sucesso, concorreu ao Oscar de ator Coadjuvante em 2010 com Jeremy Renner. Mas foi como roteirista que Ben, ao lado de Matt Damon, enfiou o pé na porta dos grandes estúdios com o belíssimo Gênio Indomável.

"Equipe de cinema" tentando embarcar
 
Seja dirigindo, produzindo ou até mesmo escrevendo, Ben é um cara talentoso. Disso, poucos duvidam. O problema de Ben é quando ele resolve aparecer na frente dos câmeras. É um péssimo ator. Não tem qualquer expressão bem definida, é incapaz de dar um sorriso aberto ou passar tensão ou raiva através do rosto. Parece que sofre de uma paralisia facial permanente. E chegamos agora ao grande problema de Argo.

Ben Affleck e sua expressão imutável
 
Ben vive Tony Mendez, um agente do serviço secreto norte americano que se vê envolvido em uma perigosa missão, resgatar seis americanos sequestrados por extremistas iranianos. É uma história real, que explora assim como inúmeras outras obras, o medo permanente dos norte americanos de países envolvidos em questões de fanatismo religioso. Para salvar os norte americanos, Mendez cria um plano mirabolante. Vai até eles no Irã e os treina para que se passem por uma equipe de cinema, que visita o país para rodar um suposto filme. A tensão nos últimos 40 minutos de filme é enorme, com a tentativa de fugir do país, sem chamar atenção no aeroporto, obviamente todo tomado pelo exército iraniano.

Cada um estudando o "papel"que vai encarar no aeroporto no dia seguinte
 
Para aliviar o clima constante de tensão, Alan Arkin (o eterno embaixador norte-americano de O Que É Isso, Companheiro?) e John Goodman (eterno Fred Flintstone) fazem uma dupla cômica do estúdio do filme imaginário da trama.

Goodman (esquerda) e Arkin (direita) em cena de "Argo"
 
Argo faz muito bem a constituição de época, é o grande acerto do filme. Ao final, nos créditos, são exibidas imagens dos atores ao lado dos personagens reais que cada um intepretou, além de algumas fotos de época, que ajudam na reconstituição.

A equipe encurralada pelo exército iraniano

É um filme ótimo em vários sentidos. Mas como disse meu amigo Adriano Lima, "pena que o bom diretor Ben Affleck errou na escolha do seu ator principal". Isso não há como negar.

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