sábado, 29 de dezembro de 2012

O IMPOSSÍVEL (Or. The Impossible) - Você já parou pra pensar como a Espanha está se tornando uma potência em diversas áreas? O esporte talvez seja o setor cujo domínio espanhol se mostra mais forte. No cinema isso também acontece, e não é de hoje não.


Um dos poucos momentos de alegria em "O Impossível"

Cinema é gosto pessoal, é claro, não dá para fazer uma medição incontestável como um título mundial de Nadal ou Alonso, mas é inquestionável como as produções espanholas e os diretores espanhóis estão tomando espaço no cenário cinematográfico mundial. Depois do domínio longo de Almodóvar como único cineasta espanhol respeitado pelo cinemão é, finalmente chegada a hora de passar o bastão. Os três expoentes deste claro crescimento são Alfonso Cuarón, Alejandro Iñarritú e Guilhermo del Toro. Como produtores e/ou diretores estes nomes podem ser vistos por trás de obras como Babel, 21 Gramas, O Labirinto do Fauno, Biutiful, REC, O Orfanato e O Impossível.


O diretor Bayona em ação

Essas duas últimas obras são dirigidas por Juan Antonio Bayona, as suas duas únicas na carreira e ele já se mostra um cineasta preocupado não apenas com a forma, abusando de cenários melancólicos e uma bela fotografia, mas também com a consistência dos seus personagens, sempre muito bem construidos.

A família chegando ao resort

O Orfanato foi um sopro de novidade no gênero de terror, já em O Impossível Bayona emociona com a história real da família espanhola Belon, transformada em Bennett, e tendo como protagonistas Naomi Watts e Ewan McGregor e seus três filhos. Eles estão de férias num hotel à beira mar quando acontece a maior tragédia natural da nossa época, o tsunami no final de 2004 que devastou parte da costa asiática. E aí está um grande acerto de Beyona, as impressionantes sequências da tragédia. E depois toda a tentativa de sobreviver nessas condições, com ferimentos profundos e perdidos em um lugar completamente destruído. É de dar medo.

A chegada do tsunami
Todos se lembram das imagens da tragédia, centenas de milhares de mortos, famílias destroçadas e histórias interrompidas no auge. Muito se criticou em O Impossível do porque se focar na visão de uma família européia para uma tragédia vivida por uma enorme maioria de asiáticos. É uma questão que fica. Mas na verdade o que vale é o registro do filme, de uma história de uma família que foi pinçada na tragédia e que quiz contar o seu drama.

Uma família destroçada

Fica a história, a tristeza e os suspiros das lágrimas rolando pela sala de cinema. Prepare-se. Não é uma viagem fácil. Fique até o final dos créditos.


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