segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

PÂNICO NA NEVE (2010)

O cenário único, com a equipe trabalhando

PÂNICO NA NEVE (Frozen / 2010) - Adam Green não é um nome conhecido no cinema. Está beirando os quarenta anos e se entrega à direção de filmes do gênero terror/suspense desde o começo da carreira. Os seus filmes, por não terem astros envolvidos ou grande orçamento são filmes B, o que acaba ajudando pro gênero de filme que ele geralmente escolhe fazer. Seu maior sucesso é Terror no Pântano que acabou ganhando até uma sequência (virou até uma trilogia, mas o último não dirigido por Green).

Adam Green, de preto, em ação

Pânico na Neve é um filme de roteiro simples mas que entrega exatamente o que promete em seus pouco mais de 90 minutos. Dois amigos e a namorada de um deles estão numa estação de esqui lotada num domingo a tarde. Pegam o teleférico até o alto da montanha e descem curtindo a neve que cai à toda. No final do dia, quase noite, eles tentam subir uma última vez antes de voltarem por hotel. Convencem o funcionário do teleférico que deixa os três subirem no banquinho do teleférico. Após uma troca de turno e uma confusão de informação a estação de esqui é fechada, as luzes apagadas e os três são esquecidos no alto do teleférico, há 15 metros de altura.

O início de uma subida desastrosa
Nada mais precisa se saber, isso é tudo para se criara terror bastante, mas as coisas só pioram. A estação só abre ao final de semana, então eles ficarão presos ali de domingo até a outra sexta, é a morte certa. O que fazer?

O que fazer para tornar a história excitante?
Precisa de algo mais para se criar um roteiro interessante? Por si só a história já garante surpresas daí até o fim. Caso não queria saber o que acontece na sequência não leia os próximos parágrafos.

OS PRÓXIMOS PARÁGRAFOS CONTÉM SPOILERS

Depois de algumas horas ali, a nevasca aumentando, um dos caras desiste pular para pedir ajuda. Mas de 15 metros de altura não há melhor coisa a vislumbrar - na queda ele tem fratura exposta, quebra as duas pernas e grita alto. Seus gritos chamam a atenção de lobos da montanha que aparecem e o comem vivo. O terror está instaurado.

Os inimigos estão soltos
Fome, frio, pele congelando e o terror de lobos à espreita fazem a situação só piorar. O outro cara decide fazer algo a respeito. Sobe nos cabos do teleférico e decide ir até um dos postes de sustentação que tem escadas. Ele chega até lá com as mãos sangrando e desce. Não há lobos e o cara pega um ski e começa a descer a montanha. De repente lobos aparecem e o seguem vorazes.

Saída? Por onde?

A menina fica sozinha no teleférico. Não sabe quanto tempo passou. A cadeirinha do teleférico começa a balançar, está se soltando devido ao peso exagerado por tanto tempo. Lá embaixo não há lobos. A menina consegue se pendurar e acaba se jogando. Como a nevasca durou a noite inteira, o chão está fofo e amortece a queda da menina. Para não chamar atenção dos lobos ela começa a rastejar, descendo a montanha aos poucos.

Chegando lá embaixo...

Lá embaixo encontra com os restos mortais do amigo, totalmente despedaçado e sendo devorado pelos lobos. Ela não faz barulho, mas é notada pelos lobos, que ainda tendo um banquete pela frente ignoram a menina que passa direto sem problemas. Chega ao pé da montanha, onde é resgatada por um cara de carro. Fim do filme.

FIM DOS SPOILERS 

Pânico na Neve funciona sim como divertimento descompromissado. O roteiro tem boas saídas e é enxuto, o que torna a experiência ainda melhor. Sem enrolação para entrar na ação principal e sem enrolação quando a história termina. Pode-se discordar de uma saída ou outra do roteiro mas o filme funciona sim. Boas escolhas de Adam Green em mais um bom filme de terror B.
Veja abaixo o trailer de Pânico na Neve.

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