sábado, 30 de novembro de 2013

CHRISTINE (1983)

Christine e seus dentes ferozes

CHRISTINE - O CARRO ASSASSINO (1983) - Stephen King é um gênio. Impossível afirmar o contrário. O maior nome da literatura-pop dos últimos 30 anos. E como duvidar? Das suas mãos saíram livros imortais, a maioria transformados em filmes também imortais. Em 1983, apenas 9 anos após ter lançado Carrie, o seu primeiro livro, Stephen King já vivia na glória. A sua fama era tão grande que o filme Christine, dirigido por John Carpenter, começou a ser produzido antes mesmo do lançamento do livro tamanha a certeza do sucesso. Ambos foram lançados em 1983.

John Carpenter dando vida à Christine

Mas é bom que se diga logo de cara que o filme de Carpenter mudou algumas coisas em relação ao livro de King. O roteiro de Bill Philips causa uma mudança fundamental na história, que acaba por causar até mesmo na mudança na personagem de Christine, o carro. Quem leu o livro sabe - Christine só é assassina por estar "possuída" por todas as pessoas que mata durante seu trajeto, inclusive Roland LeBay, seu dono. No filme Christine já se mostra possuída ainda na linha de produção, na primeira cena do longa, quando mata um mecânico e decepa os dedos de outro. Parece uma mudança pequena, mas mexe com toda a "personalidade" de Christine.

Na linha de produção, Christine causa duas mortes - primeira grande mudança entre livro e filme

A história gira em torno da amizade entre os opostos Arnie e Dennis - o primeiro um nerd assolado por bullying e o segundo um jogador de futebol americano popular. Arnie se apaixona então por um carro completamente destruído, largado nos fundos do quintal de uma casa aparentemente abandonada. O dono é LeBay (no livro George, no filme seu irmão Roland) que vende o tal carro para Arnie. LeBay ensina para Arnie que aquele carro se chama Christine e assim deve ser tratado.

Christine caindo aos pedaços com Arnie, Dennis e LeBay, que vende o carro à Arnie

Sem permissão para deixá-lo na garagem de casa, Arnie leva Christine para a oficina de Will Darnell pretendendo reformar o carro e por isso, compra briga com todos que o cercam, desde Dennis, os pais, e a namorada que consegue pouco depois. O que ninguém contava é que ao trazer Christine de volta à vida, Arnie mudaria a sua personalidade, se tornando um cara violento. Carpenter faz um uso interessante das roupas de Arnie para mostrar essa mudança na sua personalidade.

Arnie, antes e depois de Christine

Christine passa então a vagar pelas ruas à noite buscando vingança sobre todas as pessoas que fizeram mal a Arnie. Sem se preocupar com batidas, arranhões, vidros quebrados, fogo e todas as coisas que poderiam deixar marcas na lataria de Christine. Assim que ela volta pra garagem se regenera sozinha, os arranhões desaparecem, a lataria se recompõe e ela volta a ser como nova, como a velha Christine, um lindo Plymouth 1958.

O carro assassino...

...não tem parada.

Não mesmo!

Não há comparação - o livro é muito melhor, tem muito mais detalhes, mais personagens (e claro, melhor desenvolvidos), mas é inegável que Christine, o filme, tem a sua força. É o livro feito para as mãos de John Carpenter, só ele poderia fazer esse filme.
Veja abaixo o trailer de Christine, o Carro Assassino.


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