terça-feira, 6 de março de 2018

TRAMA FANTASMA (2017)

Estilista renomado

TRAMA FANTASMA (Phantom Thread / 2017) - Daniel Day-Lewis é um dos maiores atores vivos do cinema mundial. Já faturou 3 Oscar na carreira - Meu Pé Esquerdo, Sangue Negro e Lincoln - e concorreu outras 3 vezes - Em Nome do Pai, Gangues de Nova YorkTrama Fantasma. É o ator, ao lado de Jack Nicholson, com o maior número de indicações na história. Seria o maior ganhador isolado. Seria porque a estatueta de melhor ator neste ano ficou com Gary Oldman por Destino de uma Nação.

Woodcock e sua musa

De qualquer forma Lewis chocou o mundo do entretenimento quando disse que Trama Fantasma seria seu último filme e que agora só pensa na aposentadoria das telonas. O motivo? "Este filme me afundou numa profunda depressão."

Lewis aparece careca na premiere de Trama Fantasma
Bem, o que dizer... Trama Fantasma, que foi escrito, dirigido e produzido por Paul Thomas Anderson, é bem ruim. Mesmo. A carreira de Anderson, apesar de muito premiada, é uma grande montanha russa. Ele é capaz de ter momentos de genialidade como Boogie Nights, Magnolia e Sangue Negro. E outros de quase colapso como O Mestre, Vício Inerente e esse Trama Fantasma.

Anderson, à direita, em ação

A história é baseada no estilista espanhol Cristóbal Balenciaga, que aqui recebe o nome de Woodcock (Lewis). Um homem que sabe do talento que tem, é procurado por mulheres até da realeza para ter seus vestidos desenhados, começa a se envolver com uma garçonete (Vicky Krieps, que é a cara da Meryl Streep no comecinho de carreira), em quem ele vê algo especial. Em pouco tempo, ela já está morando na casa dele.

Parece Meryl Streep novinha, não parece?

Mas a relação dos dois, ao contrário do que ela espera, é puramente profissional. Woodcock usa o corpo dela - esguio e "perfeito para o que eu preciso", como ele mesmo diz - como um manequim vivo. O problema está na diferença do que os dois esperam dessa proximidade.

Mais amigos do que namorados?

Com o tempo o convívio se torna difícil. A irmã de Woodcock (Lesley Manville, que concorreu ao Oscar de atriz coadjuvante, sendo superada por Allison Janney em Eu, Tonya) é a principal mentora profissional do irmão e não ajuda em nada a relação. Tudo azeda e desanda, mas não preciso entrar em detalhes de como isso acontece.

A implacável irmã

O filme em si não se ajuda. Trama Fantasma é lento e tem música incidental (bela por sinal) em cada uma das cenas do começo ao fim. Os personagens requintados e de fala mansa arrastam a experiência e Trama Fantasma não empolga. Há que se dar o braço a torcer a Anderson pelas cenas belamente captadas, grandes closes e um detalhamento cuidadoso, mas fica nisso. Nem Lewis que mais uma vez está muito bem, segura Trama Fantasma. Não é à toa que ele ficou deprimido depois de trabalhar neste filme.
Veja abaixo o trailer de Trama Fantasma.  
 


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