BONNIE E CLYDE - UMA RAJADA DE BALAS - Como é bom revisitar filmes relevantes de vez em quando. Ainda mais quando se baseiam em fatos reais, filmes biográficos realmente me interessam. Este
Bonnie e Clyde foi filmado em 1967 e conta a história verídica do casal título que praticava assaltos a bancos, barbarizando o interior dos EUA, na década de 30.

"História verídica" pero no mucho, é bom que se diga. Uma navegada rasa pela net e já se descobre que a película dirigida por
Arthur Penn e estrelada por
Warren Beatty,
Faye Dunaway e
Gene Hackman é mais romanceada do que propriamente fiel aos fatos reais. Mas esta já era a proposta do estúdio no momento da feitura do filme, a ideia era essa mesma.

No filme, o casal é retratado com muita leveza, os seus assaltos são bem humorados e as perseguições de carros chegam a ser cômicas. O
Clyde de
Beatty é um cara que persegue reconhecimento dos seus feitos o tempo todo, ele quer que seus assaltos sejam publicados nos jornais para que todos saibam e fica satisfeito quando isso começa a acontecer com certa frequência. A
Bonnie de
Dunaway é uma menininha do interior sem grandes perspectivas de mudança na sua vida de garçonete, até se jogar nos braços de
Clyde para viver as aventuras de uma "vida bandida".

O road movie virou um clássico, por ser um dos primeiros a tratar a violência de forma "leve" (pela primeira vez no cinema usou-se bolsas de sangue falso que estouravam dos peitos dos personagens a cada tiro disparado), pela influência no modo de vestir das mulheres (o cabelo e as roupas de
Dunaway, vistos na foto abaixo, influenciaram toda uma geração) e pelo final impactante, apesar de esperado.

Na vida real,
Bonnie e Clyde ficaram separados por um período, em outros eles foram presos separadamente e fugiam,
Clyde ao que tudo indica, era bissexual e sua gangue era bem maior que a retratada no
filme. Enfim, a película romanceia a história do casal.
A química dos dois é ótima e não se culpe se você se sentir mal com o desfecho da história.
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