terça-feira, 15 de março de 2016

SERPICO (1973)

Um policial em perigo

SERPICO (1973) - Al Pacino se estabeleceu na década de setenta - a mais fértil da história de Hollywood - como um dos grandes atores da sua geração. Devido a tantas atuações inesquecíveis e impressionantes, ele é apontado frequentemente como um dos maiores atores de todos os tempos.

Pacino construindo a fama de um dos melhores da história

Pacino tinha acabado de fazer grande sucesso em O Poderoso Chefão, quando Serpico chegou às telonas. Dirigido por Sidney Lumet - que dirigiria Pacino novamente um Um Dia de Cão - Serpico é uma história real centrada em Frank, um policial incorruptível. Nada mais.

Um policial sem medo de corrupção

Passo a passo se vê a entrada de Frank na polícia ainda como patrulheiro das ruas e já ali dá pra notar que Serpico é diferente. Ele faz prisões de pequenos criminosos das ruas, como traficantes e estupradores, sendo apoiado no seu tato e bom timing no momento de agir.

Um novato tomando lições com os mais velhos

Os anos passam, Serpico vai se tornando experiente e essa sequência é acompanhada pelos cabelos compridos e bigodes que Pacino passa a ostentar. Serpico se torna um investigador à paisana, ele não usa mais uniforme da corporação, mas é nesse momento que ele percebe que as coisas dentro da própria polícia de Nova York funcionam de uma maneira diferente. A grande parte dos policiais que o cercam são corruptos.

As pequenas prisões - Serpico quer limpar as ruas

Ele recusa toda e qualquer oferta de dinheiro que parte dos próprios companheiros - Serpico quer distância do bolo que todos ganham uma fatia . Serpico acaba deixado de lado nos departamentos por onde passa e é transferido de divisão o tempo todo. Ele paga o preço por ser tão honesto.

Os "amigos" policiais se encontram para questionar a conduta de Serpico

Inconformado, Serpico busca ajuda de outros policiais que ele considera honestos e tenta levar a história ao chefe da polícia local e até o prefeito. Nada feito. A corrupção cria uma teia que não atinge Serpico, mas o isola e impede que ele leve a história para frente.

Serpico isolado, sem policiais em quem confiar

Ele acaba enganado pelos "parceiros" de polícia e é alvejado por um traficante durante uma batida - falta a Serpico a proteção que ele precisava. Por sorte Serpico sobrevive. Dali pera frente nada mais importa, ele havia chegado ao limite e decide abrir o jogo sobre tudo o que acompanhou nos últimos a nos dentro da polícia. Ele leva a sua história para a corte, um relatório intenso é criado e os grandes nomes corruptos da polícia são levados ao conhecimento do público geral. Serpico larga a polícia e foge para a Suíça.

Serpico se preparando para o julgaamento onde ele diria toda a verdade sobre a lama da polícia de Nova York

Hoje, o verdadeiro Frank Serpico está vivo e bem. Ele chegou a ajudar Pacino na composição do personagem e eles acabaram se tornaram amigos. E está aí a grande força do filme - a riqueza na interpretação de Pacino, o que lhe rendeu a sua segunda indicação ao Oscar de melhor ator. Pacino em toda a sua carreira recebeu oito indicações ao premio, e ganhou apenas uma vez por Perfume de Mulher em 1992.

O verdadeiro Frank Serpico

Lumet decidiu gravar o filme todo de trás para frente, ou seja, do final para o começo, para facilitar a edição final e não atrapalhar a continuidade. Pacino começou o projeto barbudo e cabeludo e foi cortando aos poucos a barba, o bigode e o cabelo até "começar" o filme com tudo curtinho.

Al Pacino como Frank Sperico

Serpico é um registro histórico, não apenas de uma história surpreendente mas de um ator que estava ali apenas no seu quinto papel no cinema e já mostrava um potencial impressionante. Pacino e Lumet merecem os créditos deste marco, dividindo com Serpico, e sua impressionante história.
Veja abaixo o trailer de Serpico.


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