segunda-feira, 24 de setembro de 2012


O HOMEM QUE MUDOU O JOGO (Or. MONEYBALL) - Brad Pitt é mesmo um ator impressionante. Não apenas seu talento é mais do que comprovado nos inúmeros tipos que cria, sejam eles voltados para o drama, comédia ou qualquer outro tipo. Uma análise básica da sua carreira mostra que desde 1994 ele entra em projetos, no mínimo relevantes, mesmo que não tenham alcançado sucesso. Veja: 1994 - Entrevista com Vampiro / Lendas da Paixão; 1995 - Seven; 1997 - Sete Anos no Tibet; 1998 - Encontro Marcado; 1999 - Clube da Luta, 2000 - Snatch Porcos e Diamantes; 2001 - Onze Homens e um Segredo; 2002 - Confissões de uma Mente Perigosa; 2004 - Tróia / Doze Homens e Outro Segredo; 2005 - Sr. e Sra. Smith; 2006 - Babel; 2007 - O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford; 2008 - O Curioso Caso de Benjamin Button; 2009 - Bastardos Inglórios; 2011 - Árvore da Vida. Quer mais?


Moneyball é o título de um livro de enorme sucesso nos Estados Unidos sobre o mundo por trás do baseball, e quando se decidiu por fazer um filme Brad Pitt aceitou o papel principal logo de cara. A história gira em torno de Billy Beane (Pitt), um ex-jogador, sem sucesso algum, que acaba alçado à diretor de uma equipe média do esporte mais popular entre os norte-americanos, o Oakland Athletics. A cada início de temporada ele se reúne com os heptagenários dirigentes do clube, que vêem, segundo Beane, o baseaball de uma forma errada, ultrapassada. Beane contrata então um jovem economista de Yale (Joanh Hill, na foto abaixo) para ajudá-los a ver o esporte de outra maneira, através dos números e marcas dos jogadores, ao invés de buscar pelos seus feitos. Ele pretende dessa forma transformar o time, revendo o formato de se repensar o baseball. Não dá para imaginar outro final - a experiência é um sucesso, tanto que o próprio subtítulo do filme em português entrega isso.


Pitt está ótimo no papel de Beane, sacana e esperto na medida, lembrando um pouco o Jerry Maguire de Tom Cruise em 1996. Jonah Hill vive um personagem fictício já que o verdadeiro ajudante de Beane não liberou o uso de seu nome no longa metragem.


O filme tem imagens reais da campanha dos Athletics naquele ano. A linha que divide o exagero da ficção e a realidade da campanha do time é muito tênue. E essas imagens dos jogos durante a campanha ajudam a trazer o filme para a realidade. Um grande acerto.


Para quem acompanha baseball sabe o quanto os números fazem esse esporte. Muito gira em torno dos gráficos e estatísticas, por isso esse filme dirigido por Bennett Miller, que já havia dirigido Capote em 2005, faz tanto sentido.  


Viva Bennett pela bela direção e viva Pitt por outra escolha acertada na já brilhante carreira.

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