domingo, 14 de abril de 2013



DRIVE (2011) - Um refresco no gênero thriller. Há tempos não vejo um filme que tenha me impressionado tanto e me deixado com vontade de vê-lo e revê-lo muitas e muitas vezes. E são muitos os fatores que propiciam isso. Assim é Drive, uma obra que parece tirado da filmografia da década de 70 ou 80. Quem assistiu A Morte Pede Carona, Taxi Driver e Fuga de Nova York, entre tantos outros, vai perceber aquele gostinho de "acho que já vi algo parecido..." E isso só deixa o filme melhor.


Ryan Gosling é o motorista sem nome
Drive conta a história de um misterioso motorista sem nome (Ryan Gosling) que ganha a vida como dublê em cenas de ação com carros e está em Los Angeles onde dita as suas regras no submundo: "te encontro no local e te dou 5 minutos. Se você passar disso vou embora. Se você sair em 5 minutos te levo em segurança onde você quiser ficar. Sem mais perguntas." Desse jeito, falando pouco e agindo com precisão, o motorista até engana, mas esconde uma violência e um senso de justiça muito forte. Conhece Irene (Carey Mulligan), também moça com pouquíssimas palavras e um interesse mútuo começa a rolar entre os dois. Irene passa a ser um sopro de paz na conturbada vida do motorista.

Irene e seu filho, ao fundo, pegando uma "carona"

Tudo parece caminhar para onde indica desde o começo. Já adianto que não caminha. Não que o filme tenha um roteiro inovador, uma história nunca antes contada. O grande atrativo nem, é esse. O formato do filme é o grande lance, o mérito principal dessa obra do diretor Nicolas Winding Refn. Ele gosta de trabalhar com assuntos pesados, como presidiários, envolvimento com drogas e violência. A sua filmografia é formada quase toda por pequenos thrillers urbanos, mas é inegável que foi com Drive que ele se superou.

Quem será que de dá mal nessa?

E não por causa de Gosling. A trilha sonora é marcante, bem anos anos 80, tem aquele sonido marcante, sintetizado, característico das trilhas do John Carpenter, por exemplo. Clique em cada uma das trilhas abaixo de Drive e tire suas conclusões:




Na condução, a trama se aproxima dos filmes dos anos 70. Tem violência, nudez e velocidade. Sabe aqueles filmes que começam do nada e acabam meio que do nada também? Não responde todas as perguntas, deixa várias pontas para sequência, mas ao mesmo tempo se sustenta sozinho como história.

Justiceiro e violento

Baseado no livro de Keith Rawson (e ligeiramente no Caçador de Morte de Walter Hill, de 1978), Drive é um grande filme, uma ótima surpresa. Merece ser visto e revisto sem medo.    

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