quarta-feira, 22 de maio de 2013


DIÁRIO DE UM JORNALISTA BÊBADO (The Rum Diary / 2011) - É interessante como alguns atores conduzem sua carreira. De longe e há tempos, Johnny Depp é um ator dos mais respeitados muito pelas escolhas excêntricas que faz para os papéis. Poucos se sentem tão à vontade flutuando em vários gêneros e fazendo papéis tão diferentes e aos mesmo tempo tão únicos.

Aron Eckhart também participa do "Diário de um Jornalista Bêbado"

Terror slasher, comédia pastelão, drama de época, romance meloso, fantasia cômica, stop motion, faroeste sangrento. Tudo com Depp em papel de destaque. Mas em uma carreira que está beirando os 30 anos nem tudo são vitórias. Alguns deslizes, embora raros, acontecem. Nos casos mais recentes posso citar O Libertino, Alice no País das Maravilhas, e este Diário de um Jornalista Bêbado.

Kemp (Depp) sendo confrontado pelo seu editor-chefe

A história aqui retrata Paul Kemp, jornalista que aceita um trabalho freelancer em um jornal de Porto Rico dos anos 60, que vivia sobre forte repressão política. Em duas horas acompanhamos as desventuras de Kemp e seu problema contínuo com a bebida, o que leva a se envolver em situações ainda piores.

No começo o filme se foca no jornalista, depois desbanca para coisa nenhuma

É interessante no começo do filme quando se acompanha a vida de um jornalista e uma redação em décadas onde computadores pessoais não existiam. Mas com o desenrolar o filme se perde. Abandona o dia-a-dia da redação e passa a viver o dia de Kemp, como o próprio nome do longa sugere. Bruce Robinson, o diretor e roteirista, ao lado de Hunter S. Thompson que também é autor do livro que baseou o longa, se mostra muito fraco no comando da história. Depp fica perdido, parece se contentar em reviver o capitão Jack Sparrow, só que sem as roupas de pirata.

Os três jornalistas desvendando Porto Rico
O filme perde a sua intenção em pouco tempo e os personagens coadjuvantes também não ajudam. No final você se pega torcendo contra Kemp e seus amigos, quando deveria ser o contrário. Depp tem crédito (e muitos), mas nem sempre sua carreira vive de boas escolhas.

Personagens distantes e nada carismáticos

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